Dissidente Óscar Elías Biscet libertado em Cuba
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DATA: 2011-03-12
SUMÁRIO: O Governo cubano libertou um dos mais emblemáticos dissidentes cubanos, Óscar Elías, Biscet, que disse que continuaria a lutar contra o regime.
TEXTO: Biscet é um dos 52 presos políticos libertados ao abrigo de um acordo entre o Presidente Raul Castro e a Igreja Católica Cubana. Porém, ao contrários dos outros, a quem foi oferecida a liberdade se partissem para o exílio, Biscet não sairá de Cuba. Na sexta-feira, foi escoltado pela polícia até à sua casa de Havana, onde se reuniu com a família e fez declarações aos jornalistas. “Estou bem, estou muito feliz por estar com a minha família. E não vou deixar de dizer que continuarei na oposição porque mesmo na cadeia não perdi a minha atitude de questionar este governo e os abusos que comete”, disse. Biscet tem 49 anos e é um médico proibido de exercer. Criou a Fundação Lawton para os Direitos Humanos em Cuba e dirigiu o grupo Amigos pelos Direitos Humanos. Em 2003 foi condenado a 25 anos de prisão por actividades contra o Estado cubano juntamento com mais um conjunto de dissidentes que ficou conhecido por Grupo dos 75. Destes, apenas três permanecem na prisão por se recusarem a sair de Cuba. Recentemente, a fundação Lawton, o primeiro-ministro da Hungria e um grupo de juristas do Canadá, Estados Unidos, Reino Unido e outros países da União Europeia nomearam Biscet para o Prémio Nobel da Paz por “promover as mudanças sociais sem recorrer à violência. ” Para Guillermo Fariñas, o dissidente que passou 135 dias em greve da fome pela libertação dos presos políticos em Cuba, a liberdade de Biscet é “uma vitória do povo cubano”, conforme disse à CNN. “É uma vitória dos que estão no exílio e em Cuba, dos que estão na prisão e dos que supostamente andam livres pelas ruas de Cuba. Porque sinceramente o que estes homens e mulheres fizeram foi opor-se, pacificamente, ao governo”, disse Fariñas que pôs fim à greve da fome em Julho do ano passado quando os dissidentes começaram a ser libertados.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos homens humanos violência prisão fome mulheres