Camionistas invadem acesso à A1 e obrigam a intervenção policial
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DATA: 2011-03-16
SUMÁRIO: Várias dezenas de camionistas invadiram a estrada de acesso à auto-estrada 1 (A1) na zona do Carregado, para tentar bloquear a passagem de perto de 20 camiões do grupo Jerónimo Martins. A tentativa de bloqueio levou à intervenção policial.
TEXTO: A acção dos camionistas obrigou à intervenção da GNR com cães para tentarem manter a ordem, actuando sobre alguns manifestantes. Durante a actuação das autoridades, um dos manifestantes gritou “porrada nos camionistas”. Pelo menos quatro dos camionistas acabaram algemados e mantidos no chão debaixo do tabuleiro da ponte da A1. Os manifestantes mantém-se em ambos os lados do acesso à auto-estrada a gritar contra camionistas que passam e não param, sob a vigilância da GNR. Este incidente segue-se a outros registados desde ontem, primeiro dia de paralisação das associações transportadoras de mercadorias. O PÚBLICO apurou que vários pregos foram espalhados durante a noite na EN365, que liga o Centro Logístico de Combustíveis (CLC) de Aveiras de Cima à A1, para impedir a circulação de viaturas pesadas. Esta madrugada, um homem foi detido em flagrante delito, quando apedrejava camiões a partir de uma passagem aérea na A1, na zona de Lisboa, numa situação que se tem verificado ao longo de vários viadutos e que levou a GNR a redobrar a atenção a estes locais. Algumas horas depois, o dirigente sindical Abel Dias e porta-voz do movimento de protesto foi também detido na EN14, depois de dizer que hoje não haveria tolerância para os camionistas que estão a circular. O porta-voz dos camionistas tentava abrir uma nova frente de luta e convencer um camionista a parar o veículo, mas foi detido para ser identificado. A primeira detenção entre os camionistas em protesto ocorreu ontem, no Barracão, Leiria, após confrontos com a GNR. Após ter sido ouvido hoje no Tribunal Judicial de Leiria, onde entrou como suspeito da prática dos crimes de desobediência, resistência e coação sobre funcionário, atentado contra a segurança rodoviária e perturbação da ordem pública, o homem foi libertado mas ficou obrigado a fazer uma doação de 250 euros a uma instituição de solidariedade. Aos jornalistas, o arguido declarou-se revoltado com a detenção, mas prometeu não desistir da luta dos camionistas. “É uma situação que revolta a mim e a todas as empresas e todos os empresários do país”, declarou, justificando: “Estamos a lutar por aquilo que é um bem para todos os portugueses, não é só para nós, as empresas de transportes”. A paralisação do sector das transportadoras de mercadorias, que teve início às 00h00 de segunda-feira, foi convocada pela Associação de Transportadores de Terras, Inertes, Madeiras e Afins (ATTIMA) e a Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP), contando com o apoio da Associação Nacional de Transportes Rodoviários de Mercadorias (Antram).
REFERÊNCIAS:
Entidades GNR