Defesa de Berlusconi quer ouvir Cristiano Ronaldo e George Clooney
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.2
DATA: 2011-03-30
SUMÁRIO: A defesa do primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi indicou Cristiano Ronaldo e o actor norte-americano George Clooney como testemunhas abonatórias no âmbito do processo em que o governante está acusado de abuso de poder e envolvimento sexual com uma prostituta menor de idade. O julgamento do caso arranca no dia 6 de Abril.
TEXTO: A lista das testemunhas foi nesta terça-feira submetida ao tribunal de Milão e inclui os nomes do futebolista português e de Clooney, adiantou o diário italiano "La Repubblica". A lista inclui ainda vários ministros, como o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros, Franco Frattini, bem como Mara Carfagna, ministra da Igualdade, e Maria Stella Gelmini, ministra da Educação, disse fonte próxima do processo à AFP. Não foram adiantados mais detalhes sobre o envolvimento de Cristiano Ronaldo, Clooney e os outros nomes apontados como testemunhas em todo o processo. No entanto, um dos advogados de Berlusconi explicou que a marroquina Karima el Mahroug ou Ruby Rubbacuore, que está no centro do escândalo, identificou George Clooney e a sua namorada italiana, Elisabetta Canalis, como participantes nas festas de Berlusconini. O representante de George Clooney, que tem uma casa no lago Como próximo da “villa” de Berlusconi, não respondeu aos pedidos de comentários que ontem lhe chegaram. Mas Elisabetta Canalis já negou várias vezes ter estado nas festas privadas do primeiro-ministro de Itália. A marroquina Karima el Mahroug ou Ruby Rubbacuore, foi arrolada tanto pela acusação como pela defesa. A jovem dançarina exótica, que admitiu ter recebido dinheiro de Silvio Berlusconi, ainda era menor de idade quando frequentou muitas das festas privadas do primeiro-ministro na sua “villa” de Arcore. As festas, descreve a acusação, envolviam jantares e posteriormente um entretenimento de cariz sexual, quando os convidados e mulheres apresentadas pelos procuradores como prostitutas desciam para a chamada “cave do bunga-bunga”, segundo a designação do próprio Berlusconi. Segundo os procuradores, o primeiro-ministro terá tido relações sexuais com Ruby em 13 ocasiões. A jovem marroquina negou a acusação, e precisou que o dinheiro que lhe foi entregue Berlusconi não foi em troco de serviços sexuais mas antes uma ajuda financeira. Além de Ruby, os procuradores convocaram outras 32 mulheres que participaram nas festas de Berlusconi – que está também acusado de abusar do seu poder, ao intervir pessoalmente para a libertação da marroquina quando esta foi detida por roubo. O primeiro-ministro justificou-se dizendo que tentou tirar Ruby da cadeia para evitar um incidente diplomático, depois de ter sido informado que a jovem era sobrinha do antigo Presidente do Egipto Hosni Mubarak. O tribunal confirmou ontem que, no total foram arroladas 132 testemunhas. Cabe agora aos juízes de Milão determinar quais são os depoimentos que consideram relevantes para o julgamento. notícia actualizada às 20h20
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave tribunal educação ajuda igualdade sexual mulheres