Condições para a saída de Gbagbo ainda estão em aberto
MINORIA(S): Animais Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-04-06
SUMÁRIO: O Presidente cessante da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, recusou nas últimas horas aceitar a derrota e, neste momento, França ainda continua a tentar negociar as “condições” da sua partida.
TEXTO: O chefe da diplomacia francesa, Alain Juppé, disse nas últimas horas à rádio France Info que estas “condições” da partida de Gbagbo, debilitado militar e politicamente, são “a única coisa que falta negociar”. Juppé chegou a dizer, a meio da tarde de ontem, que o seu país estava “a dois dedos” de convencer o Presidente cessante da Costa do Marfim a deixar o poder, mas quando se esperava o anúncio da sua queda, Laurent Gbagbo insistiu na posição que mantém há quatro meses e afirmou que não reconhece o triunfo do seu rival, Alassane Ouattara, nas eleições presidenciais de Novembro, uma exigência da ONU e da França. “Nós pedimos à ONU que garanta a sua integridade física, bem como a da sua família (. . . ) e que organize condições para a sua saída. É a única coisa que falta negociar”, declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros. Interrogado acerca de um eventual exílio na Mauritânia, Juppé respondeu: “Não tenho indicações nesse sentido”. “Espero que a persuasão baste e que se evitem as operações militares”, acrescentou o governante, denunciando uma “teimosia absurda”. “Gbagbo já não tem nenhuma opção, to o seu mundo caiu”, indicou ainda o ministro dos Negócios Estrangeiros. “Vamos continuar com a ONU, que está a liderar as pressões para que ele aceite reconhecer a realidade (. . . ) É a ONU que negoceia e que lhe pede para respeitar as resoluções do Conselho de Segurança, ou seja, que admita a sua derrota”, disse. Acerca da questão de saber se Gbagbo irá ou não enfrentar os tribunais internacionais, Alain Juppé respondeu: “Apenas o Tribunal Penal Internacional poderá tomar essas decisões”. Por seu lado, o chefe de Estado-maior do Exército francês, o almirante Edouard Guillaud, afirmou à rádio Europe 1 que Gbagbo “não tem outra escolha” que não seja a rendição e a saída do país. Notícia actualizada às 09h05
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU