Presidente eleito da Costa do Marfim pede fim de sanções à UE
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DATA: 2011-04-08
SUMÁRIO: O Presidente eleito da Costa do Marfim, Alassane Ouattara – reconhecido internacionalmente como vencedor das eleições de Novembro passado – instou a União Europeia a pôr fim às sanções contra o país, visando o relançamento e recuperação da economia apesar do impasse político causado pela recusa do rival, Laurent Gbagbo, em ceder o poder.
TEXTO: Já com controlo do principal porto, São Pedro, Ouattara quer restabelecer as exportações de cacau do país (maior produtor mundial) e anunciou, num discurso transmitido pela televisão ainda ontem à noite, ter pedido à União Europeia o levantamento do embargo que “fechou” aquela cidade portuária assim como o porto em Abidjan, a capital, além do fim das sanções a algumas das instituições públicas. Mas as suas forças não detêm ainda o controlo total da capital, onde o chefe de Estado cessante se mantém irredutível, refugiado na residência presidencial, apesar das várias tentativas nos últimos dias para o forçar à capitulação e da intervenção das Nações Unidas, ao abrigo da resolução 1975 do Conselho de Segurança, que permitiu ataques às posições militares de Gbagbo para “protecção da população civil”. As agências de assistência humanitária têm vindo a alertar com cada vez maior insistência que a situação se está a agravar em Abidjan, começando a faltar serviços básicos como água corrente e electricidade e os alimentos igualmente a escassear. Residentes da capital contam às agências noticiosas que há cadáveres espalhados pelas ruas depois de vários dias de confrontos ferozes entre os leais a Ouattara e aqueles que permanecem do lado de Gbagbo. No discurso de ontem à noite, o vencedor das eleições presidenciais de 28 de Novembro apelou à reconciliação de todos os cidadãos e anunciou que as condições de recolher obrigatório vão ser aligeiradas já a partir de hoje, para “permitir um regresso progressivo à normalidade”. Prometeu também manter o cerco à residência presidencial, onde Gbagbo permanece sob a protecção da Guarda Republicana e de milicianos – num total estimado de mil homens, mas dotados de armamento pesado – e anunciou ter dado ordem às suas forças para “tomarem todas as medidas de forma a assegurar a ordem e a segurança”, assim como a “liberdade de movimento” das pessoas no país.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens refugiado alimentos humanitária