Berlusconi de volta a Lampedusa, onde os imigrantes continuam a chegar
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 16 Refugiados Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-04-10
SUMÁRIO: Regressou este sábado à tarde para saudar “a ilha libertada”, dias depois da primeira visita e da promessa de “esvaziar Lampedusa” dos milhares de imigrantes e refugiados que ali se encontravam em condições degradantes.
TEXTO: Mas enquanto Silvio Berlusconi visitava o local em que há poucos dias se amontoavam aqueles que a ilha já não conseguia alojar nos centros de acolhimento, chegava à praia Cala Madonna o terceiro barco do dia. Escreve a agência Ansa que os passageiros foram bloqueados em terra pelas autoridades. Nada trava os desembarques, nem os 150 a 250 mortos do naufrágio da madrugada de quarta-feira, quando um barco vindo da Líbia com refugiados da África sub-sariana se virou a 70 quilómetros de Lampedusa, a pequena ilha italiana que dista menos de 100 quilómetros do Norte de África e onde desde Janeiro chegaram 26 mil pessoas. Nem as medidas negociadas entre Roma e Tunes ou as patrulhas conjuntas que italianos e franceses se preparam para fazer. Sexta-feira à noite desembarcaram 530 refugiados vindos da Líbia; ao início da tarde deste sábado chegaram mais 244 vindo da Líbia; quase em simultâneo com a acostagem de outra embarcação, com mais umas 50 pessoas, estas vindas da Tunísia. Segundo Barbara Molinario, do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados, no primeiro barco da Líbia “havia mães, bebés de dez dias e pessoas mais velhas que andavam com a ajuda de bengalas”. “Viram, mantivemos a nossa palavra. Tudo está sob controlo”, afirmou o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, enquanto os habitantes que o tinham vindo ver ao porto aplaudiam. Uma dezena gritou “Forza Silvio!” e “Bravo presidente”, descreveu o site do jornal “Corriere della Sera”. O Governo tem distribuído os imigrantes (vindos da Tunísia desde a queda do Presidente Ben Ali, a 14 de Janeiro) e refugiados (que Muammar Khadafi costumava reter na Líbia em consequência dos acordos que tinha com Berlusconi) que deixaram Lampedusa à beira da ruptura por outras zonas de Itália.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU