PSD faz diagnóstico da situação do país à troika
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DATA: 2011-04-19
SUMÁRIO: O PSD não apresentará medidas para ajudar a resolver a situação financeira do país no encontro desta manhã entre elementos da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional com representantes do partido. Pedro Passos Coelho indica que o PSD se limitará a fazer um “diagnóstico da situação e a apresentar algumas linhas de força para o futuro”.
TEXTO: O líder do PSD, que falava no início do Fórum da TSF de hoje, disse esperar que a troika possa “ajudar Portugal numa altura em que o país ficou sem condições financeiras para assegurar as suas obrigações internas e externas”. Mas para Passos Coelho o futuro Executivo terá que tornar proveitosa essa ajuda. “Espero que o Governo que sair das eleições possa aproveitar esta oportunidade para tirar o país desta recessão e abrir uma perspectiva de crescimento e oportunidade para o país”, sublinhou. No encontro que o PSD teve esta manhã com a troika, e no qual se fez representar pelos economistas Eduardo Catroga, que já este ano negociou com o Governo o Orçamento do Estado, Abel Mateus e Carlos Moedas, o sociais-democratas limitaram-se a fazer “um diagnóstico da situação e apresentar algumas linhas de força para o futuro”. “Nesta fase ainda não apresentaremos medidas”, indicou Passos Coelho, explicando que a própria troika só “na próxima semana terá medidas mais concretas e que serão inscritas no programa de ajustamento macroeconómico”. Para já, o dirigente do PSD defende que é obrigatório assegurar a transparência. “Não podemos mascarar as contas. Há um conjunto de esqueletos que tem que sair do armário e ficar em cima da mesa. Temos de partir de um diagnóstico sério e realista” para discutir a ajuda externa, elaborou no arranque do Fórum da TSF. PSD não vai bloquear ajudaPassos Coelho reafirmou que “o país está sob uma necessidade de emergência absoluta” e que “Portugal deveria ter pedido ajuda há mais tempo”. “O PSD não vai bloquear esta ajuda mas não deixará de transmitir a sua opinião. A austeridade vai ter que continuar mas não pode ser para as pessoas mas sim para o Estado, que precisa de emagrecer. Temos que apostar na economia e no emprego”, continuou. O presidente dos sociais-democratas disse ainda que uma ajuda intercalar “teria sido o mais desejável” para o país, uma vez que o quadro da ajuda externa será cumprido pelo próximo Governo. “Sabemos que isso hoje não é possivel”, reconheceu Passos Coelho, defendendo que o Governo que sair das eleições legislativas antecipadas de 5 de Junho deveria ter “a possibilidade” de definir como são cumpridos os objectivos da ajuda externa em 2012 e 2013. Questionado sobre se José Sócrates já respondeu às questões colocadas pelo PSD sobre a receita a despesa do Estado, Passos Coelho indicou que até às 09h de hoje ainda não tinha sido obtida qualquer resposta. Passos admite um valor limite para reformas pagas pelo EstadoQuestionado por um ouvinte durante o Fórum TSF sobre se iria acabar com “reformas milionárias” se fosse eleito primeiro-ministro, Passos Coelho referiu que “há muitas pessoas em Portugal que auferem reformas desproporcionadas aos descontos que fizeram no passado”. Depois, recordou que o seu partido defendeu no passado “uma limitação maior ainda para as reformas mais elevadas”, o que, sublinhou, não recebeu o acordo do PS. Admitiu que o anterior Governo socialista (2005-2009) realizou uma reforma da segurança social “incompleta”, apesar de ter apontado no sentido “correcto”. “Em segundo lugar, sempre defendemos que devesse existir uma reforma maior, mais ampla, das reformas, no sentido em que o Estado não pudesse assegurar a ninguém uma reforma superior a determinado valor”, afirmou Pedro Passos Coelho, dando depois o exemplo da Espanha, onde, referiu, esse limite é de “2. 500 euros”. “Significa isto o plafonamento, o que significa que as pessoas não fazem descontos para ter reformas superiores a esse valor. Julgo que, no futuro, vamos ter de encontrar uma solução parecida com esta”, acrescentou. Última actualização às 13h52
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