Governo da Turquia pede saída de Khadafi “imediatamente”
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-04
SUMÁRIO: A Turquia, país muçulmano que pertence à NATO, apelou a Muhammar Khadafi para que deixe “imediatamente” o poder e ponha assim fim ao derramamento de sangue na Líbia.
TEXTO: Até agora, o governo conservador islâmico de Ancara, que até à revolta tinha boas relações com o poder de Trípoli — e se opôs aos ataques aéreos internacionais contra as forças do regime —, mantinha diálogo com os rebeldes, mas tinha-se abstido de pedir o afastamento do ditador. “Desejamos que o líder líbio deixe a Líbia e ceda o poder imediatamente, por ele e pelo futuro do seu país, a fim de não provocar mais efusão de sangue, lágrimas e destruição”, disse à imprensa o primeiro-ministro, Recep Erdogan, citado pela AFP. No terreno, a NATO lançou ataques aéreos nas imediações da cidade cercada de Misurata, alvo de intensos bombardeamentos das forças de Khadafi nos dois dias anteriores. Entre os alvos estavam paióis de munições. Na cidade, vivia-se durante a tarde, segundo um repórter da AFP, uma situação de calma tensa — resultado da paragem dos bombardeamentos e da inquietação pelo fim do prazo de uma amnistia que Khadafi ofereceu aos rebeldes que cessassem os combates até hoje. A aliança informou que o porto de Misurata já está acessível depois de ter sido alvo de ataques e de nele terem sido colocadas minas que tornavam perigosa a navegação. A Organização Internacional das Migrações pediu à NATO e ao regime de Trípoli para deixarem sair da cidade um milhar de africanos e dezenas de feridos civis. Os combates na Líbia têm forçado milhares de refugiados a dirigirem-se à fronteira com a Tunísia, informou também a ONU. O Conselho Nacional de Transição, órgão dirigente dos rebeldes, anunciou entretanto que não tem condições para exportar petróleo e alertou para o risco de colapso económico das zonas que controla, se até Junho a França, a Itália e os EUA não lhe concederem um crédito de três mil milhões de dólares garantido por fundos congelados de Khadafi. Essa verba é considerada pelo Conselho indispensável para alimentar a população e prestar cuidados médicos aos feridos, bem como para assegurar os salários dos funcionários. O assunto deve ser discutido no Grupo de Contacto sobre a Líbia, que amanhã se reúne em Roma.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU EUA NATO