TPI tem "provas sólidas" para acusar regime líbio de crimes contra a humanidade
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-04
SUMÁRIO: O procurador-geral do Tribunal Penal Internacional (TPI), Luis Moreno-Ocampo, declarou que tinha “provas sólidas” de que tinham sido perpetrados na Líbia crimes contra a humanidade.
TEXTO: Num relatório do TPI, o procurador adiantou ainda que os mandados de captura, que deverão ser emitidos nas próximas semanas, poderiam visar cinco pessoas. "Sim, temos provas sólidas contra a Líbia", confirmou o procurador em entrevista à AFP em Nova Iorque. "Vários indivíduos estão envolvidos, entre um a cinco”, acrescentou. O procurador não revelou nomes, mas a estação de televisão Al-Arabiya adiantou que os mandados poderiam dirigir-se a Khadafi; ao seu filho Saif al-Islam; ao antigo ministro dos Negócios Estrangeiros líbio Moussa Koussa e ainda ao antigo primeiro-ministro Abu Zeyd Omar Dorda. Moreno-Ocampo afirma deter provas de que as forças do coronel líbio teriam utilizado bombas de fragmentação contra populações civis e a investigação aponta também para violações dos rebeldes em Bengasi contra africanos suspeitos de auxiliar as tropas de Kadhafi. Entre as acusações estarão assassínios, detenções ilegais, tortura e perseguição. Os disparos para dispersar manifestações pacíficas foram considerados pelo procurador “constantes”. “Temos fortes provas de que no princípio do conflito houve disparos contra civis”, disse Ocampo à Reuters. “Também temos fortes provas de que houve perseguições”. Só no mês de Fevereiro – a onda de contestação começou em meados do mês – o relatório estima que tenham sido mortas entre 500 e 700 pessoas. De acordo com o procurador, os crimes terão sido cometidos sob ordens e instruções de algumas pessoas com poder dentro do regime líbio. A abertura de um processo formal de investigação aos crimes contra a humanidade cometidos na Líbia tinha sido anunciada no dia 3 de Março.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filho perseguição