A unidade de elite que matou Bin Laden
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Africanos Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.2
DATA: 2011-05-04
SUMÁRIO: É raro ouvirmos falar deles e nunca os ouviremos gabarem-se dos seus sucessos. Eficiência e segredo são as suas máximas. Ao todo, não há mais de 2500 SEAL, as forças especiais da Marinha norte-americana que tiveram a cargo a operação que terminou com a morte de Osama bin Laden.
TEXTO: “Os tipos que se tornam membros dos SEAL têm uma visão especialmente apurada, inteligência acima da média, e uma constituição genética que lhes permite suportar muito fisicamente. Há tipos qualificados para entrarem mas os que sobrevivem até ao fim são os cavalos de corrida”, disse à BBC Don Shipley, da Virgínia, que foi membro dos SEAL durante 20 anos. Há um número que dá uma ideia do que Shipley quer dizer com cavalos de corrida: a média de desistências durante o treino dos SEAL está entre os 80 e os 85 por cento. A primeira semana, com treino 24 horas por dia, é conhecida como “Hell Week”. Depois do treino básico, há uns 200 candidatos de cada vez que chegam à escola. No fim do processo costumam sobreviver 30 a 35. O grupo que treina neste momento, descobriu a BBC, começou com 245 homens (não há mulheres nos SEAL) e já perdeu 190 recrutas nas primeiras três semanas. São um “grupo com muita testosterona”, descreveu ao “Washington Post” Alden Mills, que esteve nos SEAL entre 1991 e 1998. “O fracasso não é uma opção” ou “a dor é a fraqueza a deixar o corpo” são alguns dos seus slogans. Os SEAL – a sigla é composta pelas iniciais das palavras em inglês para mar e terra, pois querem-se prontos para agir em qualquer meio – surgiram durante a Segunda Guerra, quando os Estados Unidos precisaram de combatentes rápidos para invadir o Japão. Ainda não se chamavam assim, eram a Naval Combat Demolition Unit, que esteve envolvida na invasão do Norte de África em 1942. A criação dos SEAL como existem hoje foi tornada possível com um pacote de 100 milhões de dólares disponibilizado pelo Presidente John F. Kennedy para fortalecer a capacidade das forças especiais. Estiveram envolvidos no Vietname, em Granada e no Panamá. Nos últimos anos, os SEAL actuam essencialmente no Afeganistão e no Iraque, mas também têm sido chamados para missões no Iémen, na Somália ou no Paquistão, como esta a que se chamou “Geronimo”, como o guerreiro apache que liderou a resistência aos brancos e se tornou numa espécie de símbolo do “wild west”. A morte de Bin Laden foi comunicada ao Presidente Barack Obama com as palavras “Geronimo EKIA” – Enemy Killed in Action (inimigo morto em acção). A Equipa SeisNão houve exactamente um comunicado dos SEAL com pormenores da operação, mas sabe-se que a missão foi entregue à Equipa Seis (ou DEVGRU), uma unidade que trabalha tantas vezes com a CIA que é conhecido como a Guarda Pretoriana da agência. Sabe-se que a Equipa Seis, cujos membros são seleccionados a partir de todas as unidades entre os que contam com cinco anos de experiência, tem a sua base nos arredores de Virginia Beach. Sabe-se, mas não se tem a certeza. Quando o mayor de Virginia Beach soube que tinha sido uma unidade dos SEAL sedeada perto da sua cidade a matar Bin Laden quis homenageá-los, escreveu o “Washington Post”. Mas um primeiro problema colocou-se de imediato a Will Sessoms: como encontrá-los?“Esta comunidade está extremamente orgulhosa. Gostava de encontrar uma forma de a cidade festejar. Mas é um desafio”, explicou Sessoms. Se os SEAL são os melhores entre os melhores, a Equipa Seis, criada em 1980, depois da tentativa falhada de salvar os reféns na embaixada dos Estados Unidos em Teerão, é constituída pelos melhores de todos. Ryan Zinkie esteve cerca de uma década na equipa e contou à National Public Radio que passou parte desse tempo nos Balcãs, nos anos 1990, à procura de suspeitos criminosos de guerra. “A determinada altura a nossa missão era realmente capturar”, disse.
REFERÊNCIAS:
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