Dinamarca restabelece controlos fronteiriços
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DATA: 2011-05-12
SUMÁRIO: A Dinamarca anunciou a decisão de restabelecer “o mais rapidamente possível” os controlos permanentes nas suas fronteiras. A decisão foi conhecida na véspera de uma reunião dos ministros da administração interna da União Europeia (UE), que quinta-feira discutem a reintrodução temporária dos controlos no interior do espaço Schengen.
TEXTO: “Chegámos a um acordo para reintroduzir os controlos aduaneiros nas fronteiras da Dinamarca, o mais rapidamente possível”, disse o ministro das Finanças, Claus Hjort Frederiksen, citado pela AFP. Nos termos dos acordos de livre circulação de pessoas de Schengen, nenhum estado pode restabelecer os controlos fronteiriços clássicos, mas tem a possibilidade de colocar em permanência nas entradas do país elementos dos serviços alfandegários para fazerem controlos aleatórios. “Tudo será feito dentro dos limites de Schengen”, disse o ministro. A medida deverá, segundo Frederiksen, entrar em vigor dentro de duas a três semanas e vai fazer-se sentir principalmente na fronteira com a Alemanha, mas também nos portos e na ponte gigante de Oeresund, que liga a Suécia à Dinamarca. O endurecimento das políticas de segurança e imigração dinamarquesas, das mais restritivas da Europa, é o resultado da influência do Partido do Povo da Dinamarca (PPD), uma formação populista de extrema-direita, aliada vital do governo minoritário liberal-conservador nas negociações para aprovação da sua política económica. “Trabalhei muito para isto”, assumiu Pia Kjaersgaard, a líder do PPD. Numa resposta às preocupações da França com o afluxo, via Itália, de imigrantes tunisinos, os ministros do administração interna da UE discutem quinta-feira uma proposta da Comissão Europeia que, em resposta às preocupações da França com o afluxo de tunisinos, via Itália, admite a possibilidade de restabelecimento temporário de fronteiriços no espaço Schengen em casos “excepcionais” de pressão externa ou falha nos controlos por parte de um dos países europeus. A proposta poderá ser aprovada em Junho, na cimeira de chefes de Estado e de governo da união.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE