Cardeal americano enaltece em Fátima papel de João Paulo II na queda do comunismo
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-13
SUMÁRIO: O cardeal Sean O’Malley, arcebispo de Boston (Estados Unidos), disse esta manhã em Fátima que a vida do Papa João Paulo II foi poupada, no atentado que sofreu a 13 de Maio de 1981 para que “ele pudesse ser o instrumento de Deus para derrubar a Cortina de Ferro e acabasse a opressão política do comunismo no mundo”.
TEXTO: Os bispos portugueses quiseram fazer desta peregrinação de 13 de Maio uma acção de graças pela beatificação do Papa João Paulo II, que aconteceu dia 1 em Roma. Por diversas vezes, as alusões a João Paulo II foram saudadas pela multidão com aplausos. Numa homilia com várias alusões pessimistas ao estado do mundo, Sean O’Malley referiu erradamente o ano do atentado contra o Papa Wojtyla como sendo 1985. E condenou, em várias alusões, fenómenos como a droga, o sexo livre, o materialismo ou o divórcio. Apesar de fazer uma homilia centrada na figura da mãe de Jesus, o cardeal afirmou: “Às vezes embelezamos a vida de Nossa Senhora, tornando-a irreal, distante e glamorosa, como um conto de fadas. Na realidade, a sua vida foi uma participação na difícil missão de Jesus. ”Perante uma multidão calculada pela GNR em 200 mil pessoas, O’Malley disse ainda: “No nosso mundo é também muitas vezes a multidão que afasta as pessoas de Deus, que as impede de aproximarem. A pressão do grupo, a opinião pública, a cultura materialista da morte que nos envolvem… afastam muitas vezes as pessoas de Deus. ”O cardeal contrapôs a ideia da multidão à ideia da “comunidade da fé”. E disse: “Assim como a multidão afasta as pessoas de Deus, a comunidade aproxima as pessoas de Deus, ajudando a ultrapassar os obstáculos que se interpõem no caminho. ”Na longa homilia de mais de 20 minutos, que não teve em conta os 27 graus que faziam esta manhã em Fátima, o cardeal recordou as narrativas da infância de Jesus, para dizer que os poderosos “queriam a sua vida, a sua inocência”. E acrescentou: “Hoje, como noutros tempos, os pais enfrentam terríveis ameaças contra os seus filhos, por parte dos que lhes querem droga, dos média que fazem do sexo livre algo de desejável, dos materialistas e ateus que lhes dizem que vivemos só de pão… Quantos tentam matar espiritualmente as nossas crianças!”O cardeal referiu-se ainda aos “incontáveis deslocados, aos sem-abrigo embrulhados nos vão das portas e dormindo sobre as grelhas do metro deste mundo e aos 27 milhões de refugiados que vagueiam pela terra nos dias de hoje”. Sean O’Malley comparou a mãe de Jesus à situação do “pai, professor ou mentor da história que sente dificuldade em comunicar com o adolescente, que o vê perder-se nas drogas ou nos gangues”. E também aqueles “cujos filhos se juntaram aos pequenos exércitos de foragidos, errando pelas ruas, explorados, abusados e destruídos”. Também “qualquer pai que tenha visto o seu filho numa cruz ou visto o filho ser agarrado e levado para a prisão, qualquer pai que daria tudo para ajudar o seu filho crescido a livrar-se do alcoolismo ou de uma vida de pecado” também se pode identificar com Maria de Nazaré. Tal como os que não têm nada para “educar os seus filhos” ou que os vêm “perder o trabalho” ou “passar pelo divórcio”. A missa, que está ainda a ser celebrada, culmina com a procissão do adeus. Antes disso, será exibido nos ecrãs gigantes do santuário um filme de 13 minutos com imagens sobre a relação de João Paulo II com Fátima, incluindo as suas visitas ao santuário em 1982, 1991 e 2000.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE