Utentes contra possibilidade de mulheres que abortam pagarem taxas moderadoras
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-16
SUMÁRIO: O porta-voz do Movimento de Utentes dos Serviços de Saúde considera que seria uma “injustiça” o pagamento de taxas moderadoras pelas mulheres que interrompem a gravidez, posição que o presidente do Conselho de Ética tinha dito ao PÚBLICO “não achar mal”.
TEXTO: Para o porta-voz do movimento, Manuel Villas-Boas, a hipótese é “mais uma injustiça” que poderá vir a ser “cometida por este Governo”. Apesar de sublinhar entender “perfeitamente que estamos em momento de crise”, Manuel Villas-Boas defende que é exactamente por isso “que devemos escolher bem aqueles que devem pagar a crise e nunca aqueles que não fizeram nada para essa crise e que têm menos possibilidades de a pagar”. “Qualquer dia pagamos tudo. Já estamos a pagar aumentos das taxas moderadoras” e “cada dia vamos tendo conhecimento de mais medidas que vão contra os interesses dos utentes”, referiu. O presidente do Conselho de Ética, Miguel Oliveira da Silva, em declarações ao PÍBLICO disse que “não acha mal” que as mulheres que interrompem a gravidez passem a pagar taxas moderadoras, lembrando que “também pagam quando vão a uma urgência”. A questão será uma das que vai ser discutida na terça-feira, numa conferência organizada pelo Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, na Ordem dos Médicos, no Porto.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave mulheres