Procurador do TPI pede mandado de captura contra Khadafi
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.05
DATA: 2011-05-16
SUMÁRIO: O procurador-geral do Tribunal Penal Internacional (TPI) pediu um mandado de captura para o líder líbio Muammar Khadafi e o seu filho, Saif al-Islam, por crimes contra a humanidade. Luis Moreno-Ocampo quer ainda ver o chefe dos serviços de espionagem, Abdullah al-Senussi, cunhado de Khadafi, responder pela repressão às manifestações pró-democracia, adianta a Reuters.
TEXTO: A medida, pedida hoje, justifica-se pelos “ataques generalizados e sistemáticos a civis”, adiantou Moreno. Mas será quase seguramente ignorada pelos seus visados, avisou antecipadamente o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Khalid Kaim, que adiantou que o TPI é um “bebé da União Europeia criado para políticos e líderes africanos”, cita a BBC. Tal como a maioria dos países africanos, e também os Estados Unidos, a Líbia não reconhece o TPI. Caberá agora aos juízes do TPI decidir se os mandados de captura serão, ou não, emitidos. O gabinete de Luis Moreno-Ocampo afirmara já ter analisado mais de 1200 documentos e realizado 50 entrevistas com responsáveis e testemunhas, e que há razões suficientes para exigir a detenção dos três responsáveis, suspeitos de crimes contra a humanidade (assassínio e perseguição) depois das manifestações anti-Governo que começaram a 15 de Fevereiro na Líbia (só durante esse mês terão morrido entre 500 e 700 pessoas). Moreno-Ocampo considerava ter “provas que mostram que as forças de segurança líbias efectuaram ataques generalizados e sistemáticos contra a população civil e levar à identificação daqueles que têm a maior responsabilidade criminal por esses crimes”, lê-se num comunicado do seu gabinete. “Para além disso, há informação relevante sobre alegados crimes de guerra quando a situação evoluiu para um conflito armado. O gabinete vai analisar esses crimes com os mesmos padrões, em particular as alegações de violações e ataques contra africanos sub-sarianos que foram erradamente reconhecidos como mercenários”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra assassínio perseguição