Em 2025, o dólar vai deixar de dominar o sistema monetário mundial
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-17
SUMÁRIO: O Banco Mundial (BM) prevê que, daqui a 14 anos, o sistema monetário internacional deixe de ser dominado pelo dólar, tornando-se um sistema multi-divisas, centrado na moeda americana, no euro e no iuan. As maiores economias emergentes vão reforçar o seu protagonismo e, em 2025, contribuirão para mais de metade do crescimento mundial.
TEXTO: No relatório “Global Development Horizons 2011 – Multipolarity: The New Global Economy”, hoje divulgado, o BM projecta que o grupo das economias emergentes cresça a uma média de 4, 7 por cento entre 2011 e 2025, enquanto as economias avançadas vão crescer apenas 2, 3 por cento. Em 2025, as seis maiores economias emergentes – Brasil, China, Índia, Indonésia, Coreia do Sul e Rússia, vão contribuir para mais de metade do crescimento mundial. Estas mudanças terão, desde logo, impacto no sistema financeiro internacional que, de acordo com o BM, deixará de ser dominado por apenas uma moeda – o dólar americano – convertendo-se num sistema multi-divisas. De acordo com o Banco Mundial, no longo prazo, a dimensão e dinamismo da economia chinesa e a rápida globalização das suas empresas e bancos irá levar a moeda chinesa, o iuan, a assumir uma papel internacional mais importante. Em 2025, prevê o BM, o cenário mais provável é o de um sistema monetário multipolar, centrado no dólar, no euro e no iuan. Controlando dois terços das reservas monetárias internacionais e com fundos de investimento com investimentos a nível mundial, os países emergentes vão tornar-se actores de relevo nos mercados financeiros. Mudança de paradigma económico“O rápido crescimento das economias emergentes introduziu mudanças na forma como os centros de crescimento económico estão distribuídos pelas economias desenvolvidas e em vias de desenvolvimento – este é, verdadeiramente, um mundo multipolar”, considera Justin Yifu, economista-chefe do BM. De acordo com a instituição, à medida que estas mudanças de poder se vão efectuando, as economias emergentes vão induzir crescimento aos países menos desenvolvidos, através de transacções financeiras e comerciais. “As instituições financeiras internacionais terão de adaptar-se rapidamente”, afirma Justin Yifu. Mas não é só a este nível que irá haver mudanças. As próprias economias emergentes irão ter de alterar o seu paradigma económico, passando a sustentar mais o seu crescimento em ganhos de produtividade e na procura interna. Com a emergência de uma classe média forte nos países em desenvolvimento e com as mudanças demográficas que estão já a ocorrer em várias economias do sudeste asiático, a pressão do consumo interno irá aumentar, o que, segundo o Banco Mundial, poderá conduzir a um crescimento mundial mais sustentável.
REFERÊNCIAS:
Étnia Asiático