Pressão aumenta na Europa para Strauss-Kahn sair do FMI
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DATA: 2011-05-17
SUMÁRIO: A pressão para Dominique Strauss-Kahn se demitir de director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) subiu hoje de tom, com duas ministras das Finanças europeias a marcarem posição em relação à tentativa de violação de que o economista francês é acusado.
TEXTO: A ministra austríaca das Finanças, Maria Fekter, disse que DSK – como é conhecido em França Strauss-Kahn – tem de “reflectir, ele mesmo, sobre os danos que causa à instituição [que dirige]”, razão pela qual deve considerar a sua posição no FMI. À margem da reunião de ministros das Finanças europeus em Bruxelas, a homóloga espanhola, Elena Salgado, não pediu com todas as letras a demissão de Strauss-Kahn, mas mostrou solidariedade para com a empregada do hotel onde DSK estava hospedado em Nova-Iorque, que o acusa de agressão sexual e tentativa de violação. “Os crimes de que [DSK] é acusado são de uma gravidade enorme”, disse, citada pela agência AFP. “A solidariedade, pelo menos da minha parte, é para com a mulher que sofreu uma agressão, se foi o caso [de ter ocorrido]”, acrescentou. Mais cauteloso nas declarações foi o ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, que, na senda da especulação sobre a sucessão de Strauss Kahn (director-gerla do FMI desde 2007), recusou comentar o caso. Segundo a agência Reuters, Pequim apenas quis dizer que a escolha de qualquer líder do FMI deve ser baseada na “equidade, na transparência e no mérito”. No Palácio do Eliseu, Nicolas Sarkozy, não se pronunciou sobre o caso, mas, em privado, o presidente francês terá dito que o escândalo arruinou parte do Partido Socialista, do qual DSK era apontado como putativo candidato às presidenciais do próximo ano. Escreve o diário Le Monde que Sarkozy diz que o PS perdeu a batalha moral para a campanha presidencial de 2012. Strauss-Kahn vai ficar em prisão preventiva, pelo menos até final de Maio, no complexo prisional de East River, em Nova Iorque, e desde que foi detido, no fim-de-semana, a liderança do FMI foi assumida interinamente pelo seu número dois, o norte-americano John Lipsky. O debate à sucessão recomeçou de imediato: por um lado, ganhou força na imprensa internacional a ideia de que, desta vez, a liderança do FMI pode ir para um responsável de um país emergente; por outro, a Europa pode voltar atrás no que disse quando DSK assumiu a pasta e pressionar de novo para que um vá um dos seus para Washington. Notícia actualizada às 14h41
REFERÊNCIAS:
Partidos PS