Encontrados vestígios do ADN de Strauss-Kahn na roupa da funcionária do hotel
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-24
SUMÁRIO: Foram encontrados vestígios do ADN do ex-director do FMI nas roupas de trabalho da funcionária do hotel que acusa Dominique Strauss-Kahn (DSK) de agressão sexual.
TEXTO: De acordo com alguns media norte-americanos - nomeadamente a NBC e a AP, que cita duas fontes próximas da investigação -, a amostra de ADN retirada a DSK corresponde ao material encontrado na camisa da mulher, uma empregada de hotel, de 32 anos, da Guiné-Conacri. Durante as perícias, as autoridades cortaram ainda um pedaço da carpete onde terá caído sémen de DSK, depois do alegado episódio de sexo oral, para ser analisado. As mesmas duas fontes indicaram que estão a ser conduzidos mais testes noutros objectos, tendo falado aos media sob anonimato. O advogado de DSK, Benjamin Brafman, não comentou estas notícias, tendo porém dito na semana passada que as provas forenses não eram consistentes com a tese de um “encontro forçado”. O ex-director do Fundo Monetário Internacional está acusado de sete crimes: dois de acto sexual criminoso de primeiro grau; um de tentativa de violação no primeiro grau; um de abuso sexual no primeiro grau; um de sequestro no segundo grau; um de abuso sexual no terceiro grau; e outro de imposição física forçada. No relatório do tribunal pode ler-se que Strauss-Kahn compeliu a vítima a praticar sexo oral e sexo anal; tentou praticar relações sexuais; obrigou ao contacto sexual; e tocou nas partes íntimas da vítima, sem consentimento da mesma e sem um propósito legítimo, apenas para satisfazer os seus próprios desejos. De acordo com a vítima, o arguido terá, em primeiro lugar, fechado a porta, impedindo-a de abandonar o quarto; depois terá tocado nos seus seios sem o seu consentimento; terá tentado tirar à força a roupa da vítima e ter-lhe-á tocado na zona da vagina; seguidamente, forçou-a a tocar com a boca no seu pénis, por duas vezes. Tudo actos que, segundo a vítima, só puderam ser cometidos através do recurso à força física. DSK negou até agora estas acusações. Se for declarado culpado, o político francês e ex-director do FMI poderá enfrentar penas entre os 3 e os 25 anos de prisão por cada um dos delitos. A próxima ida a tribunal está marcada para o dia 6 de Junho. Entretanto, Strauss-Khan - que esteve detido na prisão de Rikers Island, em Nova Iorque - saiu da cadeia sob fiança na passada sexta-feira, depois de ter pago um milhão de dólares, mas está sob prisão domiciliária num apartamento de luxo na baixa nova-iorquina, com segurança - paga por si - 24 horas por dia. Só pode sair de casa para ir a um serviço religioso semanal, a consultas médicas, ao tribunal e a encontros com os seus advogados. Os procuradores têm de ser notificados pelo menos com seis horas de antecedência antes de DSK poder ir a qualquer lado. O economista e político francês quis explicar aos seus companheiros de trabalho porque se demitiu como director do FMI: “Não posso permitir que o Fundo - e vocês, queridos colegas - tenha de partilhar o meu próprio pesadelo pessoal. Por isso tive de ir-me embora”. Num e-mail enviado ao homem que o substituiu temporariamente, John Lipsky, DSK lamenta “com profunda tristeza e frustração” ter saído do FMI sem semelhantes circunstâncias. “Nego nos termos mais duros possíveis as acusações”, escreveu. “Confio em que a verdade prevaleça e eu seja exonerado”, prosseguiu o político que, antes deste escândalo, era o homem mais bem posicionado para substituir Nicolas Sarkozy na presidência francesa. Notícia corrigida às 12h01
REFERÊNCIAS:
Entidades FMI