Dilma trava campanha de educação sexual que pretendia combater homofobia
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-26
SUMÁRIO: A Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, decidiu vetar uma campanha do Ministério da Educação sobre relações homossexuais e que era intitulado de “kit gay” pelos opositores, pertencentes às bancada evangélica e cristã.
TEXTO: “A presidente Dilma não gostou dos vídeos, achou o material inadequado, e determinou que não circule oficialmente. Estão suspensas todas as produções de materiais que falem dessas questões”, confirmou o secretário-geral da Presidência da República brasileira, o ministro Gilberto Carvalho, citado por vários jornais do país. No entanto, o responsável assegurou que o combate à homofobia vai continuar e negou que a decisão de Dilma se deva a pressões das bancadas religiosas, acrescentando que os próximos materiais produzidos sobre esta temática vão envolver todos os sectores da sociedade. A oposição e várias vozes críticas têm alegado que o material estimula a homossexualidade em crianças e adolescentes. Os vídeos e panfletos continham imagens de jovens casais homossexuais e pretendiam lutar contra a homofobia e a violência que existe nas escolas contra os jovens homosseuxuais. Os vídeos contavam, por exemplo, o caso de um jovem que se viu obrigado a mudar de cidade por ser discriminado pelas suas opções sexuais e a história de duas jovens que viram as suas fotografias, tiradas numa festa e onde trocavam alguns abraços, publicadas na Internet. Há ainda um caso de transexualidade, em que um jovem conta como sempre se sentiu melhor com roupas e acessórios de mulher e as dificuldades que isso lhe causa na escola. O Ministério da Educação, por seu lado, negou que os três vídeos e quatro panfletos dados a conhecer sejam material oficial produzido pela tutela, explicando que estavam todos ainda em fase de análise. “O material que vi circulando não é do Ministério da Educação (MEC). Vários dos materiais que foram distribuídos não são do MEC. Vim esclarecer que não são. A maioria do material que me foi apresentado aqui não é do MEC, estão atribuindo ao MEC um material que não é oficial. Todo ao material do MEC está em domínio público, qualquer pessoa pode fazer o download pelo site do ministério”, disse o ministro da Educação, Fernando Haddad, citado pelo Jornal do Brasil. Mas o responsável admitiu que a campanha foi encomendada a uma empresa e que o ministério estava neste momento a discutir se avançaria para as escolas ou não.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola violência educação mulher homofobia