Zona euro unida em torno da candidatura de Lagarde ao FMI
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-28
SUMÁRIO: A ministra francesa das Finanças, Christine Lagarde, recebeu o apoio formal dos 17 países da zona euro para ser candidata a directora-geral do Fundo Monetário Internacional, fez hoje saber o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker.
TEXTO: É apenas a confirmação do apoio explícito da Europa a uma candidatura que a própria Lagarde já assumiu há dois dias e que, depois da reunião do G8, ficou com o apoio dos Estados Unidos e do Japão quase assegurado. Com a Europa unida em relação ao nome da ministra francesa para o lugar deixado vago pelo também francês Dominique Strauss-Khan (depois da acusação de tentativa de violação a uma empregada de um hotel de Nova Iorque), são os próprios responsáveis europeus que dão a liderança de Lagarde como praticamente garantida. No encontro do G8, ontem e hoje, era esse era o sentimento dominante. “[O lugar para] Lagarde está garantido”, chegou a dizer um responsável em Deauville, em França, depois de conhecido o apoio “a título oficioso e pessoal” da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton. Um apoio dos Estados Unidos – que com a Europa têm um acordo estratégico não escrito para eleger a liderança do FMI a um europeu, com a garantia de assegurarem a presidência do Banco Mundial – só será dado depois de 10 de Junho. É nesta data que termina o prazo formal para entrega de candidaturas em Washington, mas os sinais dados pela Casa Branca só reforçam a ideia, do lado europeu, de que o nome de Christine Lagarde permanece como favorito à sucessão de Strauss-Kahn. E uma resposta norte-americana deverá surgir poucos dias depois, face ao calendário que prevê uma decisão final até 30 de Junho. A Rússia não apoia a candidatura de Lagarde – Moscovo é favorável ao nome do presidente do Banco Central do Cazaquistão, Grigori Martchenko –, mas não deixa de considerar a candidatura europeia “muito séria”, como frisou hoje o primeiro-ministro, Vladimir Putin. Por convencer está o círculo Brasil, Índia, México, China e África do Sul, que diz ser tempo de a Europa dar lugar aos países emergentes. Para persuadir os responsáveis chineses, indianos e brasileiros, Lagarde vai fazer um périplo por estes países para tentar reunir o seu apoio. Mesmo estando contra o monopólio europeu, o Brasil já mostrou abertura em votar um nome europeu na condição de este prosseguir com a democratização do FMI.
REFERÊNCIAS:
Entidades FMI