Presidente sírio deve fazer reformas ou retirar-se do poder, diz diplomacia britânica
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-20
SUMÁRIO: O Presidente sírio, Bashar al-Assad, deve adoptar reformas para democratizar o país ou, caso contrário, retirar-se do poder. A mensagem é de William Hague, o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros.
TEXTO: Hague, que prestou declarações à margem de um reunião com os seus homólogos da União Europeia no Luxemburgo, referiu ainda que desejava que a Turquia utilizasse a sua influência na Síria para transmitir aos membros do regime a mensagem de que perdem “a sua legitimidade” e que Assad “deverá reformar o país ou retirar-se” do poder. “Espero que sejam claros e francos quanto a esse assunto” com as autoridades sírias, disse o ministro britânico. “Acontecimentos muito importantes desenrolam-se na Síria, esperamos o discurso do Presidente esta manha”, adiantou ainda Hague, numa alusão ao discurso que está prometido para esta segunda-feira - o terceiro desde o início da vaga de contestação a 15 de Março. O chefe da diplomacia britânica aproveitou para referir as expectativas do Reino Unido quanto ao discurso de Assad: “O Reino Unido espera que ele responda às queixas legítimas [da população], que liberte os prisioneiros de consciência, que autorize o acesso à internet e que respeite a liberdade dos media”, sublinhou, citado pela AFP. Ontem, os opositores sírios anunciaram a criação de um conselho para representar todos os envolvidos na contestação ao regime de Bashar al-Assad, há onze anos no poder. «Avançámos com a criação de um Conselho Nacional para liderar a revolução na Síria, composto por todas as comunidades e representantes das forças políticas nacionais no interior e exterior da Síria», declarou ontem em conferência de imprensa Jamil Saib, porta-voz do grupo de opositoresA criação do Conselho Nacional é vista como uma tentativa para dar um rosto à contestação numa altura em que as forças de segurança sírias apertam o cerco a todos aqueles que querem abandonar o seu país. Já são mais de dez mil os sírios que se encontram actualmente registados nos campos de refugiados na Turquia. Ancara garantiu que não fechará fronteiras aos que fogem da violência.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência