Censos 2011: população portuguesa cresceu 1,9 por cento desde 2001
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-30
SUMÁRIO: Portugal tem 10.555.853 habitantes, segundo os resultados preliminares dos Censos 2011 apresentados esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística. A população cresceu 1,9 por cento desde 2001, data dos anteriores Censos.
TEXTO: O crescimento deveu-se sobretudo à imigração. O país ganhou cerca de 199. 700 novos habitantes, mas apenas 17. 600 (9%) devem-se ao saldo natural entre nascimentos e óbitos. O saldo migratório, entre os que entraram e saíram do país, é por sua vez responsável por 182. 100 novos habitantes (91% do total). O crescimento da população foi desigual, mantendo a tendência de concentração junto ao litoral. As maiores taxas de crescimento ocorreram no Algarve (14, 0%), Madeira (9, 4%), Península de Setúbal (8, 9%), Oeste (6, 6%) e Grande Lisboa (4, 7%). O Grande Porto teve um aumento de 2, 0%. As capitais das duas áreas metropolitanas do país continuaram a perder população. No Porto, a queda foi de 9, 7% e em Lisboa, 3, 4%. Mas nos municípios vizinhos houve aumentos significativos, especialmente na zona de Lisboa, onde houve cinco concelhos com mais de 20 por cento de aumento: Mafra (41%), Alcochete (35%), Montijo (31%), Sesimbra (31%) e Cascais (20%). Na Área Metropolitana do Porto, a população aumentou mais significativamente na Maia (12, 4%), Valongo (9, 0%) e Vila do Conde (6, 7%). Em várais regiões estatísticas, inclusive em algumas junto à costa, como o Alentejo Litoral, Baixo Mondego e Minho-Lima, e em todo o interior do país, a população descresceu. A tendência foi mais acentuada na Serra da Estrela (-12, 4%), Beira Interior Norte (-9, 5%), Pinhal Interior Sul (-9, 1%), Alto de Trás-os-Montes (-8, 3%) e Douro (-7, 2%). A densificação populacional do litoral e a desertificação do interior continuam a estar relacionadas. “O saldo migratório [internacional] não é suficiente para explicar o crescimento do litoral”, afirma Fernando Casimiro, coordenador dos Censos 2011. Os Censos 2011 apuraram ainda que há 4. 079. 577 famílias, 5. 879. 845 alojamentos e 3. 550. 823 edifcios no país. As famílias cresceram menos (11, 6%) do que os alojamentos (16, 3%) e os edifícios (12, 4%). O Algarve e a Madeira foram as regiões com mais construções novas, em termos relativos, com uma subida de 37% e 36% por cento no número de alojamentos, respectivamente. Os Censos 2011 custaram cerca de 46 milhões de euros ao Estado - 20 por cento a menos do que a factura dos censos anteriores, em 2001, a preços corrigidos. Cerca de metade da população respondeu aos questionários pela Internet. “É a taxa mais elevada até agora conhecida a nível internacional”, afirma Alda Carvalho, presidente do Instituto Nacional de Estatística. Os dados preliminares dos Censos 2011 reflectem uma primeira contagem, dos grandes números. O tratamento de todas as questões contidas no questionário prossegue até ao próximo ano. Os resultados provisórios e definitivos serão divulgados no primeiro e quarto trimestres de 2012. Notícia actualizada às 13h51
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave imigração concentração