Militares da GNR com nova função: limpeza de quartéis e repartições
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.018
DATA: 2011-07-05
SUMÁRIO: A Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda (ASPIG) denunciou nesta terça-feira, através de comunicado, que os militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) passaram a “acumular”, por determinação superior, a tarefa de “limpadores de quartéis”.
TEXTO: A ASPIG fala numa “afronta à dignidade” dos elementos da categoria profissional de guardas da GNR, que assim estão obrigados a garantir a limpeza “de centenas de quartéis e repartições” da corporação. Uma “missão humilhante”, acentua a associação, lembrando que são agentes de autoridade e de órgãos de polícia criminal. A decisão de atribuir aos guardas da GNR a limpeza dos quartéis e repartições não vem “dignificar a imagem” da corporação, por ser “vexatória” dos que nela exercem a sua actividade profissional e “ultrapassa os limites do aceitável”, salienta a ASPIG. A decisão da tutela deixa de fora as categorias profissionais de oficiais e sargentos, apesar das tão “badalas” alegações de que a “distribuição dos sacrifícios, face à severa crise, são repartidos por todos”, acentua o comunicado. José Alho, presidente da ASPIG, adiantou ao PÚBLICO, que da situação criada, resulta igualmente um “grave problema humanitário”: o Ministério da Administração Interna não accionou em devido tempo os concursos públicos para contratualizar com empresas privadas a limpeza dos cerca de 450 postos da GNR espalhados pelo país, e ainda destacamentos e outras unidades da corporação como a de Intervenção Rápida. O dirigente da ASPIG lamenta o despedimento “de um dia para outro” de quase um milhar de mulheres e alguns homens, a quem estavam atribuídos os trabalhos de limpeza das instalações da GNR, criando situações “delicadas” na vida destas pessoas. A associação diz ter alertado em devido tempo o Comando Geral para a necessidade de abrir os concursos. “Não fomos ouvidos” lamenta José Alho, e agora “temos de novo os guardas a cumprir tarefas de faxina” que estavam contempladas no antigo estatuto da GNR, mas que entretanto “foi extinto”. Enquanto não forem abertos novos concursos para assegurar a limpeza das instalações da guarda, os agentes da corporação são pressionados para proceder à limpeza. “Quem tem de limpar deixa de poder desempenhar tarefas operacionais” adverte José Alho. Notícia actualizada às 14h55: Acrescenta declarações
REFERÊNCIAS:
Entidades GNR