Mais de um quinto dos idosos em Portugal são pobres
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.049
DATA: 2011-07-11
SUMÁRIO: A taxa de risco de pobreza para a população idosa em Portugal aumentou para 21 por cento, em 2009 comparativamente ao valor registado em 2008 (20,1 por cento), segundo os dados obtidos através do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (EU-SILC), realizado no ano passado pelo Instituto Nacional de Estatística.
TEXTO: Em 2009, a população residente em Portugal em risco de pobreza manteve-se nos 17, 9 por cento. No caso dos indivíduos com menos de 18 anos, a taxa de risco de pobreza diminuiu de 22, 9 por cento em 2008 para 22, 4 por cento em 2009O contributo das transferências sociais na diminuição da taxa de pobreza em 2009 aumentou 6, 5 pontos percentuais relativamente a 2008. Em 2009, a diferença entre o valor do limiar de pobreza e o rendimento monetário mediano dos indivíduos em risco de pobreza relativa (taxa de intensidade da pobreza) diminuiu para 22, 7 por cento face ao valor registado no ano de 2008 (23, 6 por cento). A percentagem da população residente em Portugal em privação material severa diminuiu em 2010 (9, 0 por cento) face ao ano de 2009 (9, 1 por cento). Este inquérito, realizado anualmente, aferiu através do rendimento das famílias portuguesas a taxa de risco de pobreza. Esta taxa “correspondia à proporção de habitantes com rendimentos anuais por adulto equivalente inferiores a 5. 207 euros em 2009 (cerca de 434 euros por mês) ”, lê-se no documento. Entre géneros, a taxa de risco de pobreza manteve em 2009 os resultados obtidos no ano precedente. As mulheres registaram 18. 4 por cento e os homens, 17, 9. No caso das famílias com crianças dependentes, esta taxa diminuiu de 19, 9 por cento no ano de 2008 para 19, 1 por cento em 2008. Os maiores valores da taxa de risco de pobreza verificam-se nos agregados com um adulto que vive sozinho (30, 1 por cento), nos agregados com um adulto que vive sozinho com pelo menos uma criança dependente (37, 0 por cento) e naqueles compostos por dois adultos com três ou mais crianças (33, 2 por cento). A taxa de risco de pobreza mais baixa surge nos agregados com três ou mais adultos sem crianças dependentes. Em 2009, a população desempregada em risco de pobreza era de 36, 4 por cento, bastante superior à população empregada, cujo valor se situou nos 9, 7 por cento. No mesmo ano, a taxa de risco de pobreza para a população reformada fixou-se nos 18, 5 por cento. Os resultados do inquérito para os indicadores Europa 2020 revelam que existirão 25, 3 por cento de indivíduos em risco de pobreza ou exclusão social no espaço comunitário. A Estratégia Europeia 2020 prevê a diminuição do número de pessoas de risco de pobreza ou exclusão social na União Europeia em 20 milhões até ao ano de 2020.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens exclusão social criança mulheres pobreza