The Strokes encerraram Super Bock Super Rock
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.333
DATA: 2011-07-17
SUMÁRIO: Os The Strokes encerraram na noite de sábado o festival Super Bock Super Rock com um concerto que soube a pouco para os milhares de espectadores que deixaram a Herdade do Cabeço da Flauta sem direito a um regresso da banda ao palco.
TEXTO: Uma hora de música foi o que a banda de Julian Casablancas ofereceu ao público português, durante a qual recuperou sucessos antigos como “Last Night”, “Modern Age” e “Is This It”, para delírio dos presentes. O concerto serviu também para testar as canções do disco mais recente da banda, “Angles”, lançado em Março. No final ficou a sensação de que para a banda foi apenas mais um concerto da digressão mundial, ainda que Julian Casablancas tenha elogiado as “mulheres bonitas”, o “bom tempo” e a “boa comida” portuguesas. O espectáculo ficou ainda marcado por uma falha de luz em palco, durante a qual o quarteto improvisou, e pelas falhas de memória do vocalista em algumas canções. Casablancas e companhia abandonaram o palco de forma repentina, depois do tema “Take It or Leave It”, provocando uma forte assobiadela dos milhares que ali se tinham deslocado para os verem. Pelo mesmo palco dos The Strokes passaram dois artistas que se aventuraram a solo mas não esqueceram nos respectivos alinhamentos os sucessos das bandas de que fizeram parte: Slash e Brandon Flowers. “Welcome to the Jungle”, “Paradise City” e “Sweet Child O’Mine” são temas dos Guns n’Roses que o público não esquece. O guitarrista Slash sabia disso e, por isso mesmo, levou-os até ao Meco, intercalados com as músicas a solo. Brandon Flowers, vocalista dos Killers, estreou-se a solo em Portugal, mas num registo que quase se confundiu com o da banda, acabando por interpretar temas de um e de outro, como “Read my mind” e “Mr. Brigthside”. Antes de Slash estiveram os ingleses Elbow, que se desculparam por terem tocado apenas uma vez em Portugal, há dez anos. Perante uma generosa multidão, debaixo de um céu nublado que encobriu a lua cheia, o vocalista, Guy Garvey, esforçou-se por conquistar o público, percebendo que este desconhecia grande parte do repertório. Ainda assim houve momentos especiais com os temas “Open Arms, ” ou “Lippy Kids”, um dueto de assobios entre vocalista e audiência, e ainda houve tempo para cantar os parabéns ao baixista Peter Turner. Os Elbow estiveram em Portugal numa altura em que assinalam vinte anos de carreira e ainda que o mais recente álbum, “Builda Rocket Boys!”, seja um olhar para o passado, a atitude não é de nostalgia, disseram os irmãos Mark e Craig Potter à agência Lusa. Como vão andar em digressão até ao final de 2012, os Elbow já pensam num novo álbum, porque “é bom estar sempre a compor, para não se perder o ritmo”, disse o guitarrista. No Palco EDP, destacou-se o concerto, apinhado de público, dos portugueses Paus, que congregaram uma pequena multidão ao pôr-do-sol em torno da sonante bateria siamesa de Joaquim Albergaria e Hélio Morais. Ian Brown, visualmente uma sombra dos tempos em que liderava os Stones Roses, actuou pela primeira vez a solo em Portugal e não poupou em críticas à crise internacional, deixando conselhos a Portugal para tomar uma posição. O festival Super Bock Super Rock terminou hoje na Herdade do Cabeço da Flauta, perto da praia do Meco.
REFERÊNCIAS:
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