Acusadora de Strauss-Kahn dá entrevistas pela primeira vez
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.25
DATA: 2011-07-25
SUMÁRIO: A empregada de hotel que acusou o antigo director do FMI Dominique Strauss-Kahn de tentativa de violação disse que quer ver o responsável preso, numa entrevista publicada no site da revista Newsweek. “Quero que ele saiba que há sítios onde não pode usar o seu dinheiro, que não pode usar o seu poder para fazer uma coisa destas.”
TEXTO: A versão de Nafissatou Diallo, uma imigrante guineense de 32 anos, foi declarada inconsistente e um dos seus advogados explicou que com estas entrevistas, primeiro à Newsweek e depois à estação de televisão ABC, ela quer mostrar que não é uma “prostituta”. Diallo reconheceu “erros” mas disse esperar que isso não impedisse os procuradores de avançarem com o processo judicial. “Nunca quis estar em público, mas não tenho escolha”, afirmou. “Tenho de o fazer por mim. ”Diallo disse que quando entrou no quarto de hotel de Strauss-Kahn, no Sofitel, ele apareceu nu à sua frente e a atacou apesar dos seus protestos. Strauss-Kahn, 62 anos, negou sempre as acusações, dizendo que o acto sexual tinha sido consensual. Os advogados já consideraram que a entrevista faz de Diallo “a primeira acusadora da História a levar a cabo uma campanha mediática para convencer um procurador a acusar alguém de quem ela quer dinheiro”. Credibilidade questionadaA credibilidade de Diallo foi posta em causa depois des procuradores de Manhattan terem revelado várias mentiras, incluindo uma história sobre ter sido violada por um gangue na Guiné para obter asilo nos Estados Unidos. Também a versão que deu às autoridades sobre o alegado ataque de Strauss-Kahn sofreu variações. O antigo responsável do FMI, que estava sob prisão domiciliária, foi entretanto libertado. Um porta-voz do procurador Cyrus Vance disse que não comentaria as entrevistas. Diallo, que é analfabeta, saiu da Guiné em 2003, com a filha, que agora tem 15 anos. Desde a acusação contra Strauss-Kahn, as duas têm vivido sob protecção policial num hotel. “Ela está assim há dois meses. Não tem podido dar um passeio no parque”, disse o seu advogado.
REFERÊNCIAS:
Entidades FMI