Senado dos EUA recusou proposta sobre limite de dívida aprovada na Câmara dos Representantes
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DATA: 2011-07-30
SUMÁRIO: O Senado dos EUA, onde os democratas de Barack Obama têm maioria, recusou ontem à noite (já madrugada em Portugal) o projecto de lei para aumento do limite da dívida do país que os republicanos tinham feito aprovar horas antes na Câmara dos Representantes, onde têm maioria.
TEXTO: O Presidente Barack Obama lançou entretanto um novo apelo ao entendimento entre as partes em tempo útil, o que se torna agora ainda mais premente, depois de ontem novos dados terem mostrado que o estado da economia americana é ainda pior do que até aqui se pensava, com um crescimento do PIB no primeiro trimestre que representa apenas 1, 3 por cento em ritmo anualizado. “Esta não é uma situação em que os dois partidos estejam a milhas de distância”, disse ontem Obama, citado pelo diário britânico Financial Times. “Há muitas maneiras de sair desta trapalhada. Mas estamos quase sem tempo. ” Ressalvou ainda que se os EUA perderem a nota triplo-A que as suas agências lhes dão isso não será por o país não ser capaz de pagar as suas contas, “mas porque não têm um sistema político triplo-A”. Os dois partidos estão de acordo sobre o aumento do limite da dívida, mas têm divergido sobre o modo como reequilibrar depois os orçamentos do país, de modo a que as contas públicas não se venham a tornar insustentáveis. Os republicanos querem que esse esforço seja essencialmente do lado da despesa do Estado, afectando particularmente os apoios sociais. Por seu lado, os democratas têm defendido que haja também uma contribuição vinda do aumento da receita, fazendo recuar as isenções fiscais sobre os mais ricos que vêm do tempo do Presidente republicano George W. Bush. Por outro lado, os republicanos têm proposto aumentos graduais que resolvem a situação por alguns meses, e o Presidente quer uma autorização que lhe dê mais tempo. O Senado rejeitou a proposta republicana por 59 votos, com 41 senadores a defenderem o texto. A Câmara dos Representantes tinha aprovado a proposta republicana horas antes, por 218 votos contra 210, e com 17 deputados republicanos a votarem contra, acompanhado os democratas. A administração de Barack Obama tem dito que 2 de Agosto é o limite para se alcançar um acordo de modo a assegurar que se evita um incumprimento de pagamentos dos EUA, o que poderia ter consequências devastadoras para a sua economia e a do mundo em geral, além de pôr em risco a nota triplo-A (a mais elevada) com que as suas agências de rating classificam o risco associado à sua dívida (o que significa que é mínimo). A agência chinesa Dagong dá-lhe uma nota substancialmente inferior.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA