Governo escolhe Banco BIC para ficar com BPN
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DATA: 2011-07-31
SUMÁRIO: O Ministério das Finanças afirma que tomou a decisão de seleccionar a proposta do Banco BIC Português “com vista a negociar, em condições de exclusividade”, um acordo para a venda do BPN.
TEXTO: Hoje de manhã, responsáveis do Ministério das Finanças estiveram reunidos com o presidente do Banco BIC, Mira Amaral. O gestor foi chamado para um encontro que durou das 11h30 às 13 horas, tendo-lhe sido comunicado que haveria uma resposta durante o dia de hoje. O Governo tinha até hoje para encontrar um comprador para o BPN, tendo as negociações decorrido nos últimos dias, incluindo durante o fim-de-semana. O Estado, através da CGD, recebeu propostas do Banco BIC (com capitais angolanos), do Montepio e do Núcleo Estratégico de Investidores (NEI), formado por diversos empresários, alguns dos quais ligados ao sector da restauração. Houve ainda uma quarta proposta, mas que ficou pelo caminho. No sábado, e depois de as conversações com o BIC terem sido interrompidas, o NEI veio anunciar que tinha subido o valor da sua oferta, para um montante que ultrapassa os 100 milhões de euros. De acordo com o comunicado do Ministério das Finanças que anuncia a escolha do BIC, “tendo presente a necessidade de estabelecer um prazo de conclusão das negociações em exclusividade, e, caso as mesmas sejam bem-sucedidas, da obtenção dos pareceres e autorizações por parte das entidades reguladoras e da celebração dos contratos, a celebração do contrato formalizando a transacção deverá ocorrer num prazo máximo de 180 dias”. As Finanças dizem ainda que a decisão de optar por uma proposta feita por uma instituição de crédito “devidamente autorizada e a exercer a sua actividade em Portugal”, assegura “a continuidade da actividade do BPN e tem em consideração a defesa dos interesses dos depositantes”. Estado perde 2, 4 mil milhões de euros A proposta de aquisição do Banco BIC passa por incorporar 750 trabalhadores dos actuais 1580, e pagar 40 milhões de euros pelo BPN. No entanto, as Finanças referem que, adicionalmente, "caso o banco apresente um resultado acumulado líquido de impostos superior a 60 milhões de euros, ao final de cinco anos após a data da transacção, será pago ao vendedor uma percentagem de 20 por cento sobre o respectivo excedente, a título de acréscimo de preço". As Finanças referem ainda que a recapitalização do BPN, a efectuar antes do fecho do negócio, "ascenderá a cerca de 550 milhões de euros". Assim, "considerando também o esforço já realizado pelo Estado com a criação e a transferência de activos para as sociedades Parvalorem, S. A. , Parups, S. A. e Parparticipadas, S. A. , o total do custo do Estado com o BPN, descontado do preço de venda, ascende nesta data a cerca de 2, 4 mil milhões de euros". Notícia actualizada às 21h20
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