Israel: Árabe pode deixar de ser uma das línguas oficiais
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DATA: 2011-08-04
SUMÁRIO: Uma proposta de lei para que a definição de Israel seja alterada para um Estado “judaico e democrático” e que deixará o hebraico como única língua oficial foi apresentada ao Parlamento israelita (Knesset).
TEXTO: A iniciativa legislativa, levada a cabo por deputados do Kadima (oposição), Likud e Israel Beitenu (ambos na coligação no Governo) quererá dizer que o árabe e o inglês deixam de ser línguas oficiais do Estado, para além do hebraico, segundo o diário israelita Ha’aretz. No entanto o árabe (um quinto da população do Estado hebraico é árabe) iria ter “estatuto especial” e a lei prevê para os que o falam “o direito a acesso linguístico aos serviços do Estado”. O objectivo da lei, explicou um dos seus proponentes, Zeev Elkin (Likud), é dar aos tribunais argumentos que apoiem “o Estado como um estado nação judaico em decisões sobre casos em que o carácter judaico do Estado entra em conflito com o seu carácter democrático”. Uma outra cláusula na lei diz que a lei “da tradição judaica” pode ser uma fonte de inspiração para o legislador e tribunais quando não houver outra lei expressa. O Estado poderá ter diferentes grupos étnicos, acrescenta o projecto de lei: “O Estado pode autorizar uma comunidade, incluindo pessoas de outras fés ou nacionalidades, a manter uma comunidade separada”. Quanto às implicações internacionais da lei - que o diário israelita diz ter grandes probabilidades de ser aprovada no Inverno - Elkin afirma que eventuais repercussões na imagem de Israel no mundo não o incomodam. “Se estamos a falar do mundo em que as Nações Unidas tratam o sionismo como racismo, então pode haver um problema. Mas acho que hoje o mundo está pronto para aceitar isto”, comentou ao Ha’aretz.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei racismo comunidade