G7 e BCE querem evitar segunda-feira negra nas bolsas
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento -0.16
DATA: 2011-08-07
SUMÁRIO: O G7 e o Banco Central Europeu desdobram-se hoje em conversas telefónicas e reuniões de emergência para tentar acalmar os mercados, perante as crises europeia e norte-americana e evitar uma segunda-feira negra nas bolsas.
TEXTO: Hoje, um dia depois do corte no rating da dívida norte-americana, pela agência Standard & Poor’s (S&P), a Bolsa de Telavive esteve suspensa durante cerca de uma hora, após uma queda de seis por cento no índice TA-100 dos primeiros cem valores, informou a rádio pública israelita. Para tentar acalmar os ânimos, antes da abertura dos mercados asiáticos, realizam-se hoje uma série de negociações e debates internacionais. Até porque a S&P deverá anunciar amanhã os resultados da revisão que fez à classificação de entidades ligadas ao Governo norte-americano, como as agências financeiras Fannie Mae e Freddie Mac, alerta hoje o jornal "Financial Times". Os ministros das Finanças e os administradores dos bancos centrais do G7 – que reúne Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Canadá, Itália e Reino Unido – vão debater hoje o que fazer para combater o pânico nas bolsas e deverão divulgar uma declaração comum durante o dia, informam os media japoneses. Por seu lado, os administradores do Banco Central Europeu vão reunir-se hoje, de emergência, para debater se vão, ou não, começar a comprar dívida italiana, avança esta manhã a BBC. Segundo a AFP, a reunião extraordinária realizar-se-á às 16h00, citando a agência Dow Jones Newswires. E os países do G20, que reúne as principais economias do planeta, participaram esta manhã numa conferência telefónica de urgência, sobre a crise da dívida e o rating dos Estados Unidos, informou o ministro adjunto sul-coreano das Finanças, Choi Jong-Ku, revelou a AFP. O Presidente francês Nicolas Sarkozy e o primeiro-ministro britânico David Cameron falaram ontem ao telefone durante cerca de meia hora acerca da situação financeira mundial, avançou fonte do Eliseu à AFP. A crise na zona euro deu já lugar na quarta-feira a uma série de troca de telefonemas entre o Presidente francês, o primeiro-ministro britânico, o presidente norte-americano, Barack Obama, a chanceler alemã, Ângela Merkel, o primeiro-ministro italiano, Sílvio Berlusconi e o primeiro-ministro espanhol, José Luis Zapatero. Os dirigentes dos países da Zona Euro estão dispostos a fazer esforços concertados depois de terem verificado que o acordo firmado a 21 de Julho para fazer face à crise não convenceu os mercados. A crise internacional conquistou nova gravidade depois de a agência de notação financeira Standard & Poor’s ter diminuído ontem de AAA para AA+ a classificação da dívida norte-americana, o que acontece pela primeira vez na história do país. “A diminuição é motivada pelo facto de a consolidação fiscal acordada entre o Congresso e a Administração ficar aquém do que seria necessário para estabilizar a dinâmica da dívida do Governo a médio prazo”, indicou a agência em comunicado. Esta diminuição "reflecte a nossa visão de que a eficácia, estabilidade e previsibilidade da elaboração de políticas americanas e das instituições políticas enfraqueceram num momento de desafios fiscais e económicos", acrescentou. Notícia actualizada às 12h11
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave pânico