Fitch mantém triplo-A norte-americano, e com perspectiva estável
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-08-16
SUMÁRIO: A agência Fitch reafirmou hoje o nível máximo do rating da dívida soberana dos Estados Unidos em AAA, com perspectiva estável.
TEXTO: Segundo esta agência de notação de risco de dívida, a capacidade de financiamento da economia mantém-se “intacta” apesar da turbulência nos mercados, pelo que exclui um eventual cenário de desclassificação (downgrade) nos próximos tempos. Ao contrário da sua congénere Standard& Poor’s (S&P), que recentemente baixou em um nível a nota da maior economia do mundo para ‘AA+’, a Fitch reitera a confiança na economia norte-americana mantendo o famoso Triplo-A, e sem considerar baixá-lo nos próximos tempos, ao contrário de outras agências, num comunicado divulgado hoje. “A afirmação do rating ‘AAA’ reflecte o facto de os pilares fundamentais da excepcional capacidade de crédito dos Estados Unidos permanecer intacta: o seu papel primário no sistema financeiro global e a economia flexível, diversificada e rica que fornece a sua base de receitas”, explica a Fitch no documento. A economia norte-americana “continua a ser uma das mais produtivas do mundo” e “beneficia de uma flexibilidade de financiamento sem paralelo e uma elevada tolerância à dívida”, mesmo quando comparada com as restantes nações avaliadas com o rating máximo, justifica a agência de notação, uma das três principais dos EUA, mas controlada por capitais franceses. Para além de anunciar uma perspectiva (outlook) estável, o que significa que não está no horizonte um corte da avaliação, a Fitch pressagia, contra os crescentes receios de recessão, uma recuperação da economia norte-americana, seguida “por um crescimento de pelo menos 2, 25 por cento a longo prazo”. Ainda assim, a agência alerta que o “perfil fiscal do Governo dos Estados Unidos se deteriorou gravemente” em relação às outras economias triplo-A. A Fitch estima que a dívida pública total norte-americana atinja os 94 por cento do PIB ainda este ano, embora a dívida do Governo central (federal) possa ficar nos 70 por cento, sendo inferior à de países como o Reino Unido e a França, onde pode ascender a 75 por cento do PIB. No passado dia 6, a S&P baixou o rating dos EUA em um nível, apesar do acordo alcançado entre a Casa Branca e o Congresso para o aumento do tecto legal de endividamento público. A descida provocou um mini-crash imediato nas principais bolsas europeias, com as ondas de choque a atingirem também os mercados asiáticos. A S&P, a agência com maior posição de mercado, manteve ainda a nota sob revisão negativa, alertando para um possível corte nos próximos 6 a 24 meses. A primeira entidade de notação de risco de crédito a retirar o rating máximo à economia norte-americana foi, no entanto, uma agência estrangeira. No dia 3 de Agosto, ainda no rescaldo do acordo que evitou o país de entrar em incumprimento, a agência chinesa Dagong baixou a nota da dívida dos EUA de A+ para A, alegando, numa nota publicada online, que o acordo não inverte a "tendência geral de que o aumento da dívida nacional ultrapasse o crescimento da economia e do rendimento". A China é o principal credor estrangeiro de Washington, seguida pelo Japão. Notícia actualizada às 16h54
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA