Autarcas do Porto Santo acusados de homicídio por negligência no caso da queda de palmeira
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-08-21
SUMÁRIO: O presidente e dois vereadores da câmara municipal do Porto Santo foram acusados de homicídio por negligência, no caso da queda de uma palmeira, durante um comício do PSD, da qual resultou a morte de duas pessoas.
TEXTO: O Ministério Público não pronunciou os dois gestores da empresa municipal do ambiente e uma outra vereadora que também tinham sido constituídos arguidos. Ao presidente do município, Roberto Silva, e aos vereadores Gina Brito Mendes e José António Vasconcelos, responsáveis respectivamente pelos pelouros do Ambiente e da Protecção Civil são ainda imputados um crime de ofensa à integridade física por negligência. Segundo o despacho da procuradora da Republica no Circulo Judicial do Funchal, Isabel Dias, os autarcas ignoraram a voz do povo que, “desde há vários anos, vinha alertando que se ninguém tomasse previdências qualquer dia a palmeira cairia” devido à sua “notável e acentuada inclinação”. Apesar disso “não tomaram nem mandaram tomar medidas capazes de proteger os utilizadores do Largo do Pelourinho”, provocando, com essa “imprevidência e falta de cuidado, a morte de duas pessoas e ferimentos graves” numa terceira. O Ministério Público acusa ainda os três autarcas de “actuaram com imprevidência e falta de cuidado que lhes era exigido e [de] que eram capazes, sem procurarem obter qualquer tipo de informação de carácter técnico ou científico”. Na sequência da queda da palmeira, Judite Pascoal Nóbrega, 61 anos, residente no Funchal, teve morte imediata, e David Alves, de 25 anos, e a sua mãe, de 44, moradores em Almada, ficaram gravemente feridos, tendo o jovem falecido em Outubro. A acusação, de que foram ontem notificados os três autarcas e os familiares das vítimas, ocorre quase um ano depois da queda da palmeira e é tornada publica no dia em que o PSD volta a realizar o comício no Porto Santo. Além de Alberto João Jardim, intervirá o acusado Roberto Silva, voltando a atracção musical a ser Rute Marlene, a mesma cantora que tinha sido convidada para o acidentado comício de 22 de Agosto de 2010, suspenso depois da queda da palmeira.
REFERÊNCIAS:
Partidos PSD