Nova mensagem de Khadafi: “Não nos vamos render”
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DATA: 2011-09-02
SUMÁRIO: Muammar Khadafi continua a ignorar todos os sinais de que o seu regime autocrático de 42 anos chegou ao fim. Em nova mensagem, emitida hoje num canal de televisão satélite, jurou que não se vai render e que vai continuar a combater o movimento de rebelião.
TEXTO: “Nós não nos vamos render. Nós não somos meninas e vamos continuar a combater”, garantiu nesta mensagem, cujos extractos foram transmitidos esta tarde pelo canal de televisão satélite sírio Arrai – o mesmo onde, ontem à noite, o seu filho Saif al-Islam prometeu uma “guerra de corrosão, dia e noite, até que estas terras sejam limpas dos grupos de criminosos e dos traidores”. Apesar de o órgão político dos rebeldes, o Conselho Nacional de Transição, ter sido já reconhecido por 61 países, entre eles as maiores potências mundiais, com exclusão da China, como o representante legítimo da autoridade e poder na Líbia – e estar hoje mesmo em Paris numa cimeira internacional a discutir o “mapa” para a transição e reconstrução do país –, o coronel permanece renitente em capitular. Segundo a Reuters, um chefe militar líbio disse que se acredita que Khadafi esteja em Bani Walid, uma cidade que fica perto de Trípoli. O antigo governante líbio defendeu ainda que tanto em Bani Walid como em Sirte, as tribos armadas não poderiam ser subjugadas pelas forças militares do Conselho Nacional de Transição. “Vamos lutar de vale em vale, de montanha em montanha”, disse Khadafi. E, com esta mensagem, veio também contrariar a informação dada ainda ontem à noite por outro dos filhos, Saadi, o qual afirmou ter a “bênção” do pai para liderar “conversações para negociar o fim do derramamento de sangue” na Líbia. O caminho das negociações pareceu hoje receber um outro sinal de abertura por parte do CNT, que revelou estender por mais uma semana, a contar do próximo sábado – dia em que terminava o ultimato de três dias dado antes –, o prazo para negociar com os líderes tribais das zonas que continuam sob controlo das forças leais a Khadafi para que estas deponham as armas e se obtenha a rendição do regime que de facto já capitulou desde a tomada de Trípoli, na semana passada, e obrigou o coronel a pôr-se em fuga. Notícia actualizada às 17h10
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra exclusão filho