Mariano Rajoy pede repartição de esforços com justiça e equidade
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-09-02
SUMÁRIO: Mariano Rajoy, líder do Partido Popular (PP) espanhol, considerou nesta quinta-feira que a justiça e a equidade são fundamentais para que os cidadãos compreendam os sacrifícios que lhes são pedidos para vencer a crise.
TEXTO: O líder do principal partido da oposição espanhola, que participou na Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide, considerou também fundamental explicar as medidas de uma forma verdadeira e que essas conduzam a um futuro melhor. “São exigidos grandes esforços a curto prazo. Sociedades maduras como as nossas podem aceitá-los – já os aceitaram noutros momentos – se se cumprirem três requisitos: o primeiro, que lhes sejam explicados de uma forma verdadeira; segundo, que conduzam a um futuro melhor, de acordo com um plano que as pessoas possam perceber e partilhar; terceiro, mas não menos importante, que esses esforços sejam repartidos com justiça e equidade”, afirmou Rajoy, ao longo de um discurso de meia hora que foi muito aplaudido pelos jovens alunos da universidade social-democrata. Numa intervenção que considerou ser “uma reflexão sobre os desafios que Portugal e Espanha têm pela frente”, Mariano Rajoy, que disputa eleições para o Governo de Espanha em Novembro próximo, também trazia palavras duras para os socialistas espanhóis e portugueses. “Qual foi o legado que os governos socialistas nos deixaram aos nossos países ao longo destes anos? (…) A resposta é simples: estancamento da economia, alto endividamento, perda de competitividade e, o principal e mais doloroso, um desemprego insuportável ”, afirmou. O resultado das governações socialistas levou também a que, acrescentou, “a atenção das instituições financeiras e dos mercados se fixassem, entre outros, nos nossos países”: “E vocês conhecem bem a severidade das medidas que tiveram de adoptar, no acordo com a União Europeia e com o Fundo Monetário Internacional, com o objectivo de combater o rombo na economia. ”Para o líder do PP espanhol, os socialistas “negaram a crise desde o princípio” e, “quando não puderam negar a evidência, banalizaram-na como se se tratasse de um mal-estar leve e passeiro”. Unidade europeiaRajoy centrou igualmente muito do seu discurso na unidade europeia, afirmando que, “numa altura em que no mundo civilizado pesam cada vez mais os grandes blocos económicos”, a Europa “não pode perder dimensão e perder a força”. “Para isso é preciso avançar decididamente para a governação europeia, perseguindo três objectivos: a competitividade, a coordenação e a solidariedade. Precisamos de mais Europa e não menos. Mais coordenação e não menos. Mais união política e não menos”, acrescentou. E ao nível comunitário, Rajoy lembrou que são muitas as áreas em que coincidem as prioridades dos dois países, destacando agricultura e pescas: “Ambos os sectores vivem momentos cruciais. Refiro-me às reformas que se preparam na Política Agrícola Comum e na Política de Pescas Comum. Temos de procurar que os interesses dos dois países sejam tidos em conta. ”Rajoy assegurou ainda que, se ganhar as eleições de Novembro, bater-se-á para que a Cimeiras Ibéricas voltem a ser anuais, salientando por diversas vezes a necessidade e importância de Portugal e Espanha trabalharem em conjunto e não de costas voltadas. “Falo em algo mais do que fixarmos uma meta, de algo mais do que chegarmos ao mesmo sítio. Falo de caminhar juntos, de repartir esforços, ajudas e sonhos, para chegar antes e chegar melhor. ”O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, e o secretário-geral do PSD, José Matos Rosa, acompanharam Mariano Rajoy à Universidade de Verão do PSD, que se prolonga até domingo. Notícia actualizada às 19h52
REFERÊNCIAS:
Partidos PSD