EUA em silêncio pelas vítimas de 11 de Setembro
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-09-11
SUMÁRIO: Os olhos estão postos no Ground Zero. A cerimónia de homenagem às vítimas dos atentados de 11 de Setembro de 2001 começou por volta das 08h30 de hoje (13h30 em Lisboa). Quando os relógios marcavam 08h46 observou-se o primeiro minuto de silêncio. Há exactamente dez anos, o voo 11 da American Airlines chocava contra a Torre Norte do World Trade Center.
TEXTO: No local onde se erguiam as Torres Gémeas está o Presidente Barack Obama e o Presidente de então, George W. Bush, com as respectivas mulheres. E a primeira vez que os dois estadistas se encontram naquele local. Na multidão estão reunidos familiares das vítimas e convidados da presidência. A cerimónia começou com uma marcha de uma banda de gaitas de foles e tambores, seguida da entoação do hino nacional pelo Coro Juvenil de Brooklyn. O primeiro a falar, momentos antes do minuto de silêncio relativo ao primeiro avião a embater na Torre Norte do WTC, foi o presidente da câmara de Nova Iorque, Michael Bloomberg. O segundo a falar foi Barack Obama, que disse, citando um salmo: “Deus é o nosso refúgio e a nossa força, uma ajuda muito presente durante os tempos de dificuldade”. Às 09h03 foi observado o segundo momento de silêncio, quando o voo 175 da United Airlines colidiu com a Torre Sul do World Trade Center. O avião, que tinha levantado voo do Aeroporto Logan, em Boston, com destino a Los Angeles, atingiu a torre à altura do 78º andar. George W. Bush, o terceiro dignitário a tomar a palavra durante esta manhã soalheira em Nova Iorque - tal como no dia dos atentados -, optou por ler uma mensagem histórica de Abraham Lincoln para uma viúva da Guerra Civil. Durante a cerimónia foram sendo enunciados, por ordem alfabética, os nomes de todas as cerca de 2. 980 vítimas dos atentados em Nova Iorque, Washington e Shanksville. Os nomes foram lidos por familiares dos mortos. Cada pessoa leu um punhado de nomes, incluindo o do familiar que perdeu nos ataques, dedicando-lhe uma mensagem pessoal. Os familiares das vítimas puderam hoje aceder ao espaço que acolhe o memorial do 11 de Setembro. No local onde se erguiam as Torres Gémeas foi criada uma enorme bacia de água quadrangular, em torno da qual foram gravados os nomes das vítimas em grandes painéis de bronze. Em volta desta espécie de lago com cascatas de água foram plantadas árvores e relva. Por volta das 09h30 (14h00 em Lisboa) as cerimónias de homenagem às vítimas começam junto ao Pentágono, onde exactamente às 09h37 de dia 11 de Setembro de 2001 o voo 77 de American Airlines se despenhou contra o quartel-general do departamento de Defesa dos EUA. O secretário da Defesa, Leon Panetta, dirigiu-se às pessoas reunidas junto ao Pentágono e admitiu: “Apesar de terem passado dez anos. . . as emoções continuam cruas”. “O 11 de Setembro foi um momento definidor para todos os americanos. A al-Qaeda tentou enfraquecer-nos, mas em vez disso tornou-nos mais fortes”, acrescentou o responsável. Depois de Panetta foi a vez de o vice-Presidente Joe Biden se dirigir à nação, descrevendo os ataques como uma “injusta tragédia”. “Todos aqueles que estavam no edifício [no Pentágono] naquele dia sabiam que isto era uma declaração de guerra por parte de actores apátridas com a missão de mudarem o nosso estilo de vida, que acreditavam que aqueles horríveis actos de terror poderiam afivelar os nossos joelhos, vergar a nossa vontade, dobrar-nos. Mas, em vez disso, o instinto americano [. . . ] galvanizou uma nova geração de patriotas - a geração do 11 de Setembro”. Exactamente às 10h03 (15h03 em Portugal) observou-se mais um minuto de silêncio da jornada evocativa, em homenagem a todas as vítimas do voo 93 da United Airlines que se despenhou contra um descampado de Shanksville, na Pensilvânia. O aparelho - que tinha como alvo o Capitólio e que levava a bordo 40 passageiros - foi despenhado pelos terroristas depois de uma revolta a bordo ter evitado o plano inicial dos operacionais da al-Qaeda.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA