Obama: “Ninguém pode quebrar a vontade” dos americanos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-09-12
SUMÁRIO: “Ninguém pode quebrar a vontade” dos americanos quando estes estão unidos, nem mesmo o terrorismo, afirmou ontem à noite (já madrugada em Portugal) o Presidente Barack Obama durante um discurso marcando o décimo aniversário dos atentados de 11 de Setembro.
TEXTO: “Durante décadas os americanos visitarão os monumentos dedicados à memória daqueles que morreram no 11 de Setembro. Eles farão correr os seus dedos sobre os locais onde os nomes daqueles que nós amávamos estão gravados em mármore ou pedra e maravilhar-se-ão com as vidas que foram vividas”, declarou Obama no Kennedy Center de Washington, depois de ontem ter visitado os três locais dos ataques, em Nova Iorque, Pensilvânia e Washington. “Diante das pedras tumulares (do cemitério militar nacional) de Arlington, nos cemitérios pacíficos e nas praças de pequenas localidades nos quatro cantos do nosso país, eles prestarão homenagem a todos aqueles que morreram no Afeganistão e no Iraque. Eles verão os nomes dos desaparecidos nas pontes e nas estátuas, nos jardins e nas escolas”, continuou o Presidente. “E saberão que ninguém pode quebrar a vontade dos EUA quando eles estão verdadeiramente unidos. Eles lembrar-se-ão que nós vencemos a escravatura e a Guerra da Secessão, as recessões e os motins, o comunismo e, sim, o terrorismo”, indicou Obama por ocasião do Concerto pela Esperança, ontem à noite. “Eles lembrar-se-ão que nós não somos perfeitos, mas que a nossa democracia é sólida e que a democracia - que reflecte a imperfeição do homem - dá-nos a hipótese de aperfeiçoarmos a nossa união”, disse Obama. “É a isso que nós prestamos homenagem nestes dias de comemoração nacional, a estes aspectos da experiência americana que são duráveis e a nossa determinação é progredirmos como um único povo”, disse o Presidente, assegurando igualmente que “estes últimos dez anos mostraram que os EUA não cederão ao medo”. Depois do 11 de Setembro “muitas coisas mudaram para os americanos”, reconheceu Obama: “conhecemos a guerra e a recessão, os debates apaixonados e as divisões no plano político”. “Mas hoje é importante lembrar daquilo que não mudou. O nosso carácter nacional não mudou. A nossa fé, em Deus e nos outros, não mudou”, assegurou o Presidente americano. “A nossa fé nos EUA, nascida de um ideal intemporal de acordo com o qual os homens e as mulheres deverão ser capazes de se governar a eles mesmos, de que toda a gente nasce igual e merece a mesma liberdade de determinar o seu próprio destino, essa fé só saiu reforçada com estas provações”, disse o estadista. Ontem, Obama deslocou-se primeiramente a Nova Iorque, para a cerimónia junto à base onde se erguiam as Torres Gémeas e que agora foi transformada num memorial às vítimas; depois a Shanksville, na Pensilvânia, onde se despenhou o voo 93 da United Airlines cujos ocupantes resistiram aos terroristas e evitaram que o avião se despenhasse no Capitólio. Finalmente, Obama deslocou-se a Washington, onde um avião se despenhou contra o edifício do Pentágono. “Estes últimos dez anos mostram a nossa capacidade para ultrapassar provações. O Pentágono foi reparado e está cheio de patriotas trabalhando para o mesmo fim. Shanksville é palco de amizades entre as pessoas desta localidade e as famílias daqueles que perderam os seus entes queridos. Nova Iorque continua a ser uma capital das artes e da indústria, da moda e do comércio”, sublinhou ainda Obama num discurso de cerca de 12 minutos que a assistência do Kennedy Center aplaudiu de pé. Notícia actualizada às 08h35
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA