Strauss-Kahn negou violência, mas admitiu “falha moral”
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento -0.15
DATA: 2011-09-19
SUMÁRIO: Numa entrevista ao canal francês TF1, Dominique Strauss-Kahn negou ter havido qualquer violência no encontro com a empregada do hotel de Nova Iorque e disse estar arrependido.
TEXTO: “O que se passou não inclui violência, nem coerção, nem agressão, foi o procurador que o disse”, afirmou Strauss-Kahn. O ex-presidente do FMI garantiu ainda não ter pago para ter relações com Nafissatou Diallo. “Não foi sexo pago, foi uma falha moral”, afirmou. Strauss-Kahn foi detido quando já estava a bordo do avião para França, depois de a empregada do quarto do hotel de luxo onde estava alojado ter apresentado queixa por violação. As imagens de Strauss-Kahn – um homem poderoso que o público se habituou a ver de fato e gravata – algemado, por barbear e ladeado por guardas chocaram parte da opinião pública, particularmente em França, onde surgiram críticas duras à exposição a que a justiça americana sujeita os detidos. “Tive medo, tive muito medo”, admitiu Strauss-Kahn, quando a entrevistadora o questionou sobre os procedimentos judiciais americanos. “Quando estamos nas mandíbulas daquela máquina, temos a impressão de que elas podem esmagar. Senti-me humilhado antes de poder dizer uma palavra”. Strauss-Kahn, que se preparava para ser candidato nas presidenciais francesas do próximo ano, acrescentou ainda ter “perdido muito” com o caso. O procurador americano acabou por retirar a acusação de violação, depois de a credibilidade de Diallo ter ficado seriamente abalada com depoimentos contraditórios, bem como com a descoberta de que discutira por telefone as vantagens de acusar Strauss-Khan e de que mentira anteriormente às autoridades de emigração dos EUA (Diallo é natural da Guiné). Na sequência do encerramento do caso, Nafissatou Diallo avançou com uma queixa cível. “O processo cível mostra que há incentivos financeiros por trás disto”, argumentou Strauss-Kahn, afirmando que tenciona deixar a justiça resolver o assunto e que não pretende entrar em negociações.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA FMI