Os possíveis laureados com o Nobel da Paz
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-10-05
SUMÁRIO: A lista de candidatos é secreta e o vencedor será anunciado na sexta-feira pelo comité norueguês. Entre os nomes sugeridos a Oslo como possíveis laureados com o Nobel da Paz estão vários protagonistas da Primavera Árabe e defensores dos direitos humanos no Afeganistão e na Rússia, adiantou a AFP.
TEXTO: Lina Ben Mhenni, a Tunisian GirlEsta blogger de 27 anos activista pelos directos humanos manteve na Internet crónicas sobre a Revolução de Jasmim na Tunísia, que assinava com o pseudónimo Tunisian Girl. Denunciou em Janeiro a repressão levada a cabo pelo regime de Zine El Abidine Ben Ali, o presidente que acabou por partir para o exílio. Filha de um militante de esquerda detido durante seis anos, ela assumiu, desde 2008, a defesa dos mineiros da região de Gafsa, no Sudoeste da Tunísia, onde um movimento de protesto foi reprimido pelo Exército. É professora de inglês na Universidade de Tunes. Esraa Abdel Fatah, de 33 anos, e Ahmed Maher, de 30 anos, EgiptoSão dois ciberactivistas que fundaram o movimento 6 de Abril, o qual mobilizou grande parte da juventude egípcia contra o regime de Hosni Mubarak. Impulsionaram as gigantescas manifestações na Praça Tahrir no Cairo, em Janeiro e Fevereiro, que levaram à queda do regime e à demissão de Mubarak. Wael Ghonim, EgiptoÍcone da “Revolução Facebook” mobilizador da juventude egípcia contra o regime de Hosni Mubarak, tornou-se um símbolo da revolução a 7 de Fevereiro, pouco antes da queda de Mubarak, através de uma emissão num canal privado egípcio. Milhares de telespectadores ouviram este engenheiro informático, que trabalha para a Google, contar como foram os doze dias de cativeiro em que esteve de olhos vendados nas mãos da polícia política de Mubarak. Foi acolhido como herói na Praça Tahrir do Cairo, o centro da revolta contra o regime. Svetlana Gannouchkina, 69 anos, RússiaFoi co-fundadora da organização russa Memorial, juntamente com Andrei Sakharov, que deu nome ao prémio Sakharov atribuído pelo Parlamento Europeu para a liberdade de expressão. A organização foi criada em 1989 para denunciar os crimes cometidos pelo regime soviético e salvaguardar a memória das vítimas da repressão, mas depressa ficou ligada à defesa dos direitos humanos, nomeadamente na Tchetchénia. Em 1990 Svetlana Gannouchkina foi também co-fundadora do comité Assistência Cívica, que ainda existe como organização de apoio aos refugiados e migrantes de antigas repúblicas soviéticas. Sima Samar, 54 anos, AfeganistãoPioneira da luta pelos direitos das mulheres no Afeganistão, sofreu inúmeras ameaças de morte no seu país, devastado pela guerra. Preside à comissão afegã independente pelos direitos do homem, a primeira organização a investigar as violações de direitos humanos no país. Tornou-se conhecida sobretudo depois de ter criado em 1989 a ONG Shuhada, que dirige hospitais, clínicas e escolas para as mulheres no Afeganistão e no Paquistão, e depois como ministra do governo afegão.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos morte guerra filha humanos homem mulheres cativeiro