Caso de violência doméstica com orgias envolvendo o rei do jet-set vai para julgamento
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 13 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-10-05
SUMÁRIO: Testemunho da mulher e declarações da filha do casal, de 11 anos, foram fundamentais para que o juiz mantivesse as acusações ao empresário de Famalicão
TEXTO: O juiz de instrução do tribunal de Vila Nova de Famalicão decidiu nesta terçca-feira pronunciar o empresário acusado de obrigar a mulher a participar em sessões de sexo em grupo, imputando-lhe a prática do crime de violência doméstica e ainda outros dois por detenção ilegal de arma. Para além dos vídeos, fotografias e outros documentos juntos ao processo, o juiz teve em conta o depoimento da ofendida e ainda um pungente desabafo da filha do casal na altura em que as autoridades recolheram as suas declarações. A criança, então com 10 anos, pediu que o pai fosse preso e mantido na cadeia, para que não pudesse fazer mal à mãe ou matá-la. Segundo o despacho acusatório agora confirmado, o arguido ameaçava, agredia e insultava a sua companheira, forçando-a a manter relações sexuais com terceiros. Estes actos seriam muitas vezes filmados, o que terá confirmação com as várias gravações encontradas pela Polícia Judiciária na residência do casal. Muitas vezes o acusado intervinha igualmente naquelas sessões de sexo, interagindo também com os intervenientes. As autoridades juntaram ao processo também material fotográfico recolhido nesses encontros, documentos que algumas testemunhas confirmaram ter-lhes sido exibido pelo empresário. Na decisão instrutória ontem conhecida, o juiz menciona também algumas cartas que o arguido obrigava a mulher a redigir, nas quais era coagida a declarar o grande amor que por ele sentia. O documento refere também as tatuagens que a ofendida teria sido igualmente obrigada a fazer pelo marido. Ao contrário do que nos últimos tempos tem sido divulgado, não há na decisão de pronúncia qualquer referência a operações de estética que tivessem sido impostas à mulher, intervenções que teriam sido sugeridas e intermediadas por José Castelo Branco, normalmente referido na imprensa cor-de-rosa como o rei do jet-set. Foi pelo suposto envolvimento deste personagem e da sua mulher Bety, uma idosa norte-americana relacionada com o negócio de jóias que o caso saltou para as capas dos jornais nos últimos tempos. Na tentativa de provar que a ofendida participava naqueles encontros sexuais de livre vontade, a defesa do empresário juntou ao processo filmagens onde é alegadamente visível a participação de Castelo Branco e outros indivíduos catalogados como figuras públicas. A defesa pediu ao tribunal a audição dessas pessoas, que as autoridades acabaram por conseguir notificar nas moradas indicadas. Além do escândalo público gerado, a defesa garante que não vai prescindir do seu depoimento durante o julgamento, cuja data deverá em breve ser conhecida. As práticas de que o empresário é acusado foram detectadas pela Polícia Judiciária no decurso de buscas à sua residência relacionadas com armas e munições. Foram apreendidas diversas armas e outro material, mas o arguido invocou ter tudo legalizado e ser uma espécie de coleccionador. Acabou por ser acusado pelas transformações que fez em duas dessas armas. Pelo mesmo tipo de crime está também acusado o cunhado (irmão da mulher), em cuja morada foram encontradas várias armas pertencentes ao empresário.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE