Carlos Cruz regressa à televisão
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-10-07
SUMÁRIO: Não sabe quanto lhe vão pagar. Aceitou sem pensar nisso. Por saudades. Pelo prazer de fazer televisão. E também porque enfrentar as câmaras é uma forma de passar a imagem que quer que tenham de si neste momento: “Estou tão tranquilo que aceito olhar para a câmara, sabendo que do lado de lá estão pessoas a ver-me. Aceito o debate.”
TEXTO: Vai nascer um novo canal de televisão por cabo. E um dos seus rostos é Carlos Cruz. Há um ano foi condenado a sete anos de prisão por abuso sexual de crianças. Recorreu da sentença e espera pelo resultado que deverá ser conhecido no início de 2012. O apresentador que gosta “de ir ao fundo da alma das pessoas”, conhecido como “Senhor Televisão”, diz que não pensa muito na reacção do público. Numa entrevista à Pública, feita por Andreia Sanches e com fotografias de Rui Gaudêncio, fala do seu regresso e conta como tem sido a sua vida desde que foi julgado. Tem lutado para fazer passar a imagem de que está inocente. Este regresso à televisão é mais uma forma de afirmar inocência?Todos os meus actos que se possam encaixar na normalidade da vida de um cidadão são naturalmente um manifesto de inocência. Agora, isto não é um projecto que esteja desenhado para eu gritar a minha inocência. Aliás, é um projecto onde não se falará do processo. Não vou discutir o processo Casa Pia. Qual acha que vai ser a reacção do público?Não penso muito nisso. O que eu vou fazer é o meu trabalho o melhor que souber, com a entrega total, como sempre fiz, tendo noção de que estou a ser visto e observado por milhares de pessoas – no mínimo, milhares. Tenho perfeita noção do país onde vivo e de que há dois grandes grupos na sociedade portuguesa: as pessoas com preconceitos e as pessoas sem preconceitos. Outros destaques que podem ser lidos na revista Pública, nas bancas com o PÚBLICO de domingo e na edição online exclusiva para assinantes:— A eleição de Leila Lopes a Miss Universo e as manifestações de jovens em Luanda foram as melhores notícias sobre Angola nos últimos tempos, diz o investigador e cronista angolano António Tomás. Mas o orgulho nacional também passa pelas selecções de andebol feminino ou basquetebol, a arte contemporânea emergente e alguma música e cinema. Num trabalho de Ana Dias Cordeiro, questiona-se se os ganhos da actual projecção dourada do país irão beneficiar aqueles que mais precisam. — Há uma nova rapariga de ouro em Hollywood, chama-se Emma Stone. O que a torna fascinante, explica Francisco Valente, vai para além dos estereótipos de beleza da indústria: a actriz de 22 anos tem não só uma rara personalidade e humor, mas um verdadeiro talento que dá brilho aos filmes em que participa. E já tem a bênção de Bill Murray. — Jim Pressler parece não envelhecer. Dão-lhe 40 anos quando afinal tem 62. E nada de cabelos brancos. Serão os genes? Bons hábitos de estilo de vida? Os peritos analisam tudo o que faz este homem para manter a saúde e o bom aspecto e sugerem que todos façamos um esforço. Talvez assim retardemos o envelhecimento. — Na secção Miúdos, Rita Pimenta lembra que falta pouco para o Big Bang, Festival Europeu de Música e Aventura para Crianças, no Centro Cultural de Belém (14 e 15 de Outubro). Madalena Wallenstein, da Fábrica das Artes, espera que seja uma “experiência profundamente artística” e Fernando Mota, que abrirá o festival com o espectáculo “Motofonia”, convida todos para uma viagem sonora.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave prisão homem sexual rapariga abuso