Berlusconi enfrenta nova moção de censura no Parlamento
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.136
DATA: 2011-10-14
SUMÁRIO: O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, está hoje a braços com nova moção de censura no Parlamento, à qual os analistas crêem que sobreviverá mas apenas por uma muito curta margem, com o seu Governo maculado agora não apenas pelos escândalos pessoais do “Cavalieri” mas também devido à recente baixa de nota dada pelas agências de rating à economia italiana.
TEXTO: Este novo desafio ao Governo de Berlusconi, a ser votado hoje pelas 11h30, tornou-se inevitável depois de, na terça-feira, uma parte crucial do Orçamento do Estado ter sido chumbada no Parlamento – e por um voto, tendo sido revelado mais tarde que o ministro das Finanças tinha falhado o prazo para submeter o seu voto por apenas 30 segundos. Ao exigir a submissão desta nova moção de censura, o líder da oposição italiana, Pierluigi Bersani, sustentou que “o Governo não está a conseguir lidar com a situação [económica]”: “Todos os problemas são já bem conhecidos mas [Berlusconi] apenas pensa em manter-se no poder, recorrendo a todos os truques. ”O primeiro-ministro – que enfrenta também acusações judiciais de incitamento à prostituição, subornos e abuso de poder numa série de escândalos pessoais de natureza sexual – precisa de uma maioria simples de 316 votos a protegê-lo na totalidade de 630 deputados da câmara legislativa. Entre o seu próprio Partido da Liberdade e o principal aliado, a Liga do Norte, Berlusconi poderá contar com 293 votos; mas mesmo entre os seus correligionários já se ouviram vozes de discórdia: a ministra do Ambiente fez saber que não apoiará mais o Governo depois de ter sido noticiado que o seu ministério será abolido num novo pacote de medidas de austeridade. O “Cavalieri”, de 75 anos, não dá para já sinais de ansiedade, apesar de todos os escândalos e de registar actualmente a mais baixa taxa de aprovação de sempre, nos 24%. Aliás, garantiu ontem mesmo que goza de uma “maioria coesa” no Parlamento e que “não há nenhuma alternativa a este Governo”. “Eleições antecipadas não resolveriam os problemas que temos. E uma crise política agora só traria uma vitória para o partido do declínio, da catástrofe e da especulação”, argumentou.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave prostituição sexual abuso ansiedade