A líder das Damas de Branco, Laura Pollan, morreu aos 63 anos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-10-15
SUMÁRIO: Laura Pollan, a líder das Damas de Branco, movimento criado pelas mulheres e familiares dos presos políticos cubanos, morreu ontem aos 63 anos num hospital em Havana por causa de uma paragem cardíaca.
TEXTO: Uma infecção respiratória obrigou à hospitalização de Laura Pollan, há uma semana. Dias depois, Laura, diabética e sofrendo de hipertensão, acabou por não resistir. Em 2003, Laura Pollan fundou a organização Damas de Branco, juntamente com Berta Soler e outra mulheres, depois da detenção e condenação a pesadas penas de prisão de 75 opositores cubanos, acusados de trabalhar para uma potência estrangeira. O marido de Pollan, com 68 anos, fazia parte desse grupo. Vestidas de branco, as mulheres e familiares dos prisioneiros políticos marchavam, em silêncio, em Havana para pedir a sua libertação. “Estamos consternadas. Esta foi uma mulher que deu a sua vida pela liberdade de Cuba”, afirmou à agência AFP Martha Beatriz Roque. Elizardo Sanchez, líder da Comissão cubana para os direitos do Homem e reconciliação nacional – ilegal mas tolerada – considera que esta “é uma perda irreparável para a sociedade cubana”. “Ela tinha um papel de liderança indiscutível sobre qualquer questão dos direitos do Homem. Mas outras mulheres vão substituí-la e continuar o seu trabalho”, acrescentou. Laura Pollan recebeu, em 2005 o prémio Sakharov do Parlamento Europeu e em 2006 o prémio Human Rights First.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos mulher prisão homem mulheres ilegal