Cientistas chineses obtêm proteína albumina a partir do arroz
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DATA: 2011-11-01
SUMÁRIO: Cientistas de uma universidade chinesa anunciaram que conseguiram obter a partir do arroz a proteína albumina, encontrada no sangue humano e que é frequentemente usada para tratar queimaduras e doenças de fígado, entre outras.
TEXTO: Quando extraída de sementes de arroz, esta proteína é “fisicamente e quimicamente equivalente a albumina derivada do soro sanguíneo humano (HSA)”, concluíram os responsáveis, que publicaram o seu estudo na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”. Esta descoberta poderá levar a uma revolução da produção de HSA, que tipicamente só é possível de obter com doações humanas. A necessidade de albumina é de cerca de 500 toneladas por ano em todo o mundo e a China já viveu, no passado, alturas em que não conseguia obter a quantidade necessária desta proteína. Este novo método foi desenvolvido por cientistas da universidade de Wuhan, na China, em parceria com colegas do National Research Council do Canadá e do Center for Functional Genomics da Universidade de Albany, em Nova Iorque. Inicialmente, os cientistas modificaram, geneticamente, as sementes de arroz a fim de que estas produzissem altos níveis de HSA. Depois os cientistas descobriram um método de purificarem as sementes da proteína, conseguindo obter cerca de 2, 75 gramas de proteínas por quilo de arroz. Quando os cientistas testaram a proteína obtida a partir do arroz em ratos com cirrose hepática - uma doença em que é normalmente usado o soro sanguíneo humano - descobriram que os resultados terapêuticos eram idênticos aos levados a cabo em humanos, usando desta feita o HSA obtido a partir do arroz. “Os nosso resultados sugerem que o biorreator de uma semente de arroz produz HSA recombinante com custo-benefício que é seguro e capaz de satisfazer a crescente necessidade de albumina humana", destacou o estudo. Esta proteína é frequentemente usada na manufactura de vacinas e medicamentos e é dado a doentes que sofreram queimaduras, em choque hemorrágico ou com doenças de fígado, indicam os cientistas. Em 2007 houve falta desta proteína na China, o que fez com os preços disparassem. Esta descoberta poderá ainda servir para limitar as potenciais transmissões de doenças como a sida e a hepatite. Os cientistas ressalvam, porém, que é necessário avaliar a segurança deste novo método em animais e humanos antes de esta descoberta estar pronta para ser comercializada. Notícia actualizada às 10h50
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave humanos doença estudo