Tribunal mandou em liberdade trio que escravizava cinco pessoas
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-11-10
SUMÁRIO: Os três suspeitos de escravizarem cinco pessoas e detidos na quarta-feira pela Polícia Judiciária (PJ) saíram em liberdade depois de ouvidos no Tribunal de Alfândega da Fé, confirmou hoje fonte judicial.
TEXTO: Os suspeitos, pai, mãe e filha, são naturais desse concelho transmontano e vão ficar a aguardar julgamento em liberdade, indiciados pela prática do crime de tráfico de pessoas para fins de exploração laboral, sequestro e escravidão. O tribunal proibiu-os de se ausentarem do país e de contactarem com as vítimas que terão recrutado em Bragança, Amarante e Lisboa para trabalharem em Espanha. Os suspeitos estão ainda obrigados a apresentarem-se periodicamente às autoridades. De acordo com informação divulgada na quarta-feira pela PJ, pelo menos cinco pessoas, incluindo uma menor de 14 anos, foram sujeitas a trabalho escravo desde 2008, em Espanha. A PJ resgatou quatro vítimas, incluindo a menor, e uma quinta vítima já tinha conseguido libertar-se pelos seus próprios meios, em Março, e denunciado os suspeitos, o que desencadeou a investigação. "Durante a acção agora levada a efeito, foi possível localizar e resgatar da situação de cativeiro em que se encontravam, duas mulheres e um homem, com idades compreendidas entre os 35 e os 41 anos, bem como uma menor, filha de uma daquelas mulheres, de apenas 14 anos de idade", detalha a PJ, num comunicado. Segundo a polícia, as vítimas "foram todas elas aliciadas nas suas áreas de residência (Bragança, Amarante e Lisboa), sob promessa da constituição de relações de trabalho, que não chegaram a concretizar-se". Contrariando as expectativas geradas, acabaram submetidas a um regime "de verdadeira exploração esclavagista", nomeadamente na actividade agrícola desenvolvida nas regiões de Zamora e de La Rioja, Espanha. Os suspeitos são um casal de 61 e 59 anos e a filha de 34. Este ano, a PJ/Norte já anunciou nove detenções de responsáveis pela escravização de, pelo menos, 13 pessoas.
REFERÊNCIAS:
Entidades PJ