Senado italiano aprovou medidas de austeridade em tempo recorde
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DATA: 2011-11-11
SUMÁRIO: O Senado italiano aprovou com uma esmagadora maioria o pacote de medidas de austeridade a adoptar na terceira maior economia da zona euro, para evitar um resgate da União Europeia. A decisão surgiu ao fim de pouco mais de três horas de debate na câmara.
TEXTO: Contrariando a expectativa de que a discussão das urgentes medidas económicas duraria todo o dia, e não se esperando o voto antes da noite, os senadores acabaram por reforçar o sinal de uma agenda política a "alta velocidade" com a aprovação do pacote, por 156 votos a favor e 12 contra, pouco passava do meio-dia. No presente cenário de enorme convulsão política, e com a já assumida saída iminente de Silvio Berlusconi da chefia do Governo, a expectativa é de que a câmara baixa do Parlamento dê também luz verde a estas medidas já amanhã, não devendo depois tardar mais do que 24 horas até à efectiva demissão do primeiro-ministro. Berlusconi, que perdeu a maioria parlamentar na terça-feira, prometeu demitir-se assim que as medidas de austeridade sejam aprovadas nas duas câmaras parlamentares. E espera-se que, assim que o Presidente italiano, Giorgio Napolitano, der indicações para a formação de novo Executivo, a liderança do mesmo seja assumida pelo antigo comissário europeu e economista independente Mario Monti, logo mesmo na segunda-feira. Os líderes italianos estão a fazer todos os esforços para passar a mensagem clara de que são capazes de pôr as finanças do país sob controlo e rapidamente, sublinham os analistas face à célere movimentação em Roma. Monti, um muito respeitado economista amiúde descrito como um “tecnocrata” é, de resto, o tipo de figura que pode dar confiança aos mercados monetários. Este pacote de medidas de austeridade em debate prevê a realização de poupanças de 59, 8 mil milhões de euros no Orçamento italiano, numa combinação de cortes na despesa e aumento de impostos, que visa alcançar o equilíbrio das contas até 2014. Entre elas estão o aumento da taxa de IVA de 20 para 21 por cento, o congelamento de salários da função pública nos próximos dois anos, o alargamento da data de reforma das mulheres no sector privado (de 60 em 2014 para 65 até 2026 – a mesma idade dos homens), e ainda a adopção de políticas mais apertadas para combater a evasão fiscal. Notícia actualizada às 12h40: Acrescenta a decisão do Senado, explicitando os votos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens mulheres