Obama deixa claro que os EUA farão parte do futuro da região da Ásia-Pacífico
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DATA: 2011-11-17
SUMÁRIO: O Presidente americano Barack Obama disse que a região da Ásia e Pacífico vai desempenhar um papel fundamental na definição do futuro do mundo e deixou claro que os EUA farão parte desse futuro.
TEXTO: “Os Estados Unidos são uma potência do Pacífico, e estamos aqui para ficar”, disse o Presidente num discurso diante do Parlamento australiano, enviando uma clara mensagem a Pequim, que se tem afirmado nos últimos anos como uma potência emergente na Ásia. Os comentários de Obama foram feitos depois de a Austrália ter concordado em receber uma importante missão dos US Marines na região durante os próximos anos. Washington vai enviar, inicialmente, 250 marines para o norte da Austrália a partir de meados de 2012, mas este número aumentará, pouco a pouco, para os 2500. A China questiona esta manobra de Washington, que muitos analistas consideram tratar-se de uma operação de contra poder à crescente influência de Pequim naquela região do globo. Falando a partir de Camberra, Obama disse que os EUA estão agora a voltar as suas atenções para aquela região. “Que não haja dúvidas: na região Ásia-Pacífico, no século XXI, os EUA estão lá”, disse, citado pela BBC. Obama deixou igualmente claro que esta missão militar dos EUA na Ásia-Pacífico não se vai deixar comprometer por cortes orçamentais. “Deixem que diga isto claramente: os EUA estão a pôr as suas finanças públicas em ordem e a reduzir as suas despesas. Mas fica aqui dito o que esta região deverá saber – à medida que completamos as guerras actuais, dei ordens à minha equipa de segurança nacional que torne uma prioridade a nossa presença e a das nossas missões na Ásia-Pacífico”, declarou o Presidente diante do Parlamento australiano, citado pela AFP. “Em consequência disto, as reduções nas despesas de Defesa norte-americana não se farão, repito, não se farão em detrimento da zona Ásia-Pacífico. Os Estados Unidos são uma potência do Pacífico e estamos aqui para ficar”, continuou o chefe da Administração americana. Conflito ou cooperação?Obama admitiu a crescente importância dos países da região Ásia e Pacífico - sobretudo da China - no futuro do mundo e teceu possíveis cenários: “Concentrando a maioria dos poderes nucleares mundiais e cerca de metade da Humanidade, a Ásia irá largamente definir se o próximo século ficará marcado pelo conflito ou pela cooperação, pelo sofrimento desnecessário ou pelo progresso humano”, disse Obama. “Como uma nação do Pacífico, os EUA irão desempenhar um papel mais importante e de longa duração no futuro desta região, apoiando princípios e valores e em estreita colaboração com os nossos aliados e amigos”, indicou ainda o Presidente americano. E, nesse campo, a aliança com a Austrália é considerada fundamental por Washington, embora esta proximidade com Camberra - especialmente depois de sabido o reforço militar americano em solo australiano - não seja vista com bons olhos por Pequim. Obama aproveitou, por isso, a sua passagem por Camberra para enfatizar a sua vontade de cooperação com Pequim e de melhorar as comunicações entre as suas super-potências. “Já vimos que a China pode ser um parceiro, desde a redução das tensões na Península da Coreia até à prevenção da proliferação [de armamento nuclear]”, disse Obama. “Iremos procurar mais oportunidades de cooperação com Pequim, incluindo uma maior comunicação entre os nossos militares, a fim de promovermos o entendimento e evitarmos os erros de cálculo”. Obama não perdeu esta oportunidade para pedir às autoridades chinesas que revejam as suas políticas no que toca aos “direitos humanos universais”. Coreia do NorteSobre a Coreia do Norte, Obama referiu que a transferência de materiais perigosos por Pyongyang “em direcção a Estados ou outras entidades serão consideradas uma ameaça muito séria por parte dos EUA” e seus aliados. “Consideramos a Coreia do Norte plenamente responsável por tais acções”, disse o Presidente americano, garantindo que o apoio de Washington a Seul não irá perder força nunca.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA