Manifestantes invadem embaixada britânica em Teerão
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-12-01
SUMÁRIO: Dezenas de manifestantes invadiram a embaixada britânica em Teerão, durante uma manifestação contra as sanções adoptadas por Londres face às suspeitas que rodeiam o programa nuclear iraniano. A bandeira iraniana foi hasteada no edifício.
TEXTO: Segundo a BBC, os manifestantes conseguiram entrar no complexo da embaixada, sem que as forças antimotim, que para ali tinham sido enviadas, os impedissem. Imagens transmitidas em directo pela televisão iraniana mostraram os manifestantes, identificados como estudantes, a atirarem pedras e a partirem janelas do edifício, enquanto gritavam “morte a Inglaterra”, “a embaixada é nossa”. Segundo a estação britânica, um manifestante retirou a “Union Jack” do mastro, queimando-a, antes de a substituir por uma bandeira iraniana. Um outro foi visto com um quadro da rainha Isabel II na mão. Há informações de que um grupo de ocupantes terá queimado documentos da embaixada. O Reino Unido já reagiu declarando o seu "choque" pela acção "totalmente inaceitável". O incidente acontece dois dias depois de o Parlamento iraniano ter decidido limitar as relações diplomáticas com o Reino Unido e expulsar o embaixador britânico em retaliação pelas novas sanções impostas por Londres ao país. Antecipando-se aos seus parceiros europeus, o Governo britânico anunciou a ruptura unilateral das relações com o sector financeiro iraniano, incluindo o seu banco central – medidas que são mais duras do que as anunciadas no mesmo dia pelos EUA e Canadá. No Parlamento em Teerão, um deputado tinha mesmo avisado que iranianos zangados poderiam repetir na embaixada britânica o cenário que aconteceu na embaixada dos EUA em 1979, quando manifestantes entraram na embaixada fizeram 90 reféns numa crise que durou 444 dias. A iniciativa surge na sequência do último relatório da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) que revelou informações que reforçam as suspeitas de que o Irão usou (e poderá estar ainda a usar) o seu programa nuclear como cobertura para experiências destinadas a desenvolver uma bomba atómica. Os peritos internacionais dizem ter “fortes indícios” de que o país recolheu informações, comprou material e efectuou testes que não teriam outra aplicação que não o fabrico de armas nucleares. O Irão repudiou o relatório, que considerou uma "manipulação", insistindo que as suas actividades nucleares visam unicamente a produção de energia. Notícia actualizada às 14h10
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA