Negociações bloqueadas na conferência climática em Durban
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 3 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-12-11
SUMÁRIO: Durban é a cimeira do clima da ONU de todos os pesadelos, pelo menos dos pesadelos que se arrastam interminavelmente. Já em tempo extra, não se está a conseguir alcançar um consenso entre os cerca de 200 países que se reuniram na cidade sul-africana para tentar chegar a acordo sobre o calendário para um novo tratado para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, que estão por trás das alterações climáticas.
TEXTO: A ministra dos Negócios Estrangeiros da África do Sul apelou aos países ainda presentes para chegarem a acordo. Mas, face a um cada vez mais provável falhanço, pondera-se a hipótese de a reunião se prolongar por mais um dia — algo inédito. Há um documento com o acordo de alguns países, como os EUA, dizendo que o prolongamento do protocolo de Quioto só deve terminar em 2017 — mas isso entra em conflito com as metas da União Europeia de cortar as emissões de dióxido de carbono em 20% até 2020. “As previsões para o resultado final oscilam entre algum optimismo, envolvendo um acordo global para 2015 e a sobrevivência do Protocolo de Quioto, e um cenário desastroso, de falhanço total. Isto diz-nos que há de certeza muitos países-chave a bloquear uma solução para o clima e o problema, mesmo com acordo, poderá continuar sem solução”, disse à agência Lusa o vice-presidente da Quercus, Francisco Ferreira. A posição dos EUA, determinados a acabar com a distinção entre países desenvolvidos e não desenvolvidos, e que para se puderem desenvolver mais têm uma grande margem de emissões — como a China — tem sido um grande foco de desacordo. “Não se pode negar a dedicação e energia dos ministros do Ambiente e diplomatas do clima que conduzem estas negociações. Mas a tarefa que lhes atribuem pode ser pesada demais”, escrevia John Broder numa análise no "New York Times". “O que aqui está em jogo é política na sua escala mais abrangente, as relações entre a Europa, os EUA, Canadá, Japão, e as potências emergentes da China, Índia e Brasil. ”
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA