Casamentos atingem valor mínimo desde que há registo
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-12-17
SUMÁRIO: É uma tendência que se vem acentuando desde há vários anos: os portugueses casam-se cada vez menos e divorciam-se cada vez mais. Em 2010, segundo as estatísticas demográficas do Instituto Nacional de Estatística (INE), realizaram-se 39.993 casamentos e 27.903 divórcios.
TEXTO: Quanto aos casamentos, o número verificado em 2010 dá uma taxa de nupcialidade de 3, 76 casamentos por mil habitantes, o valor mais baixo de que há registo. Em sentido inverso, os divórcios decretados no ano passado consubstanciam uma taxa de 2, 6 divórcios por mil habitantes, atingindo assim o valor mais alto desde 2002 – ano em que, fruto de uma alteração legislativa, se verificou a taxa mais alta desde que se fazem estas estatísticas (2, 7 por mil habitantes). De acordo com os especialistas, a tendência dos portugueses para se casarem menos e divorciarem-se mais não significa que a conjugalidade esteja em crise. Aliás, do total de casamentos celebrados no ano passado, 25, 8 por cento referiam-se a segundos ou terceiros casamentos. Por outro lado, em quase metade dos casamentos (44, 2 por cento) as pessoas já viviam juntas. As estatísticas demográficas do INE apontam ainda para um ligeiro aumento dos bebés nascidos face ao ano anterior: 101. 381 nados-vivos contra os 99. 491 de 2009. Esta ligeira recuperação não inverte, porém, o saldo natural negativo que tem sido uma constante dos últimos anos. Em 2010, morreram 105. 954 pessoas, o que, feitas as contas, dá um saldo natural negativo de 4. 573 indivíduos. Nos últimos dez anos, entre 2001 e 2010, a idade média da mulher ao nascimento de um filho aumentou de 28, 8 para 30, 6 anos. Paralelamente, a idade média da mulher ao nascimento do primeiro filho passou de 26, 8 para 28, 9 anos. De resto, as mulheres de nacionalidade estrangeira residentes em Portugal reforçaram o seu peso nas taxas de natalidade: em 2001 foram responsáveis por 5, 2 por cento dos nascimentos; em 2010l, esse valor aumentou para os 10, 6 por cento.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filho mulher mulheres