Caso "Rei Ghob": Tribunal selecciona cidadãos para tribunal de júri na sexta-feira
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-01-08
SUMÁRIO: O Tribunal de Torres Vedras agendou para sexta-feira uma sessão para escolher cidadãos para constituírem o tribunal de júri que vai julgar o “Rei Ghob”, o homem acusado do homicídio de quatro pessoas, disse hoje fonte judicial.
TEXTO: Fonte do tribunal disse à agência Lusa que está agendada uma sessão para sexta-feira, às 14h15, para que sejam sorteados os cidadãos que vão formar o tribunal de júri, requerido pelo Ministério Público. O tribunal de júri vai ser composto por três juízes de Direito e quatro cidadãos e é requerido em casos cuja pena máxima seja superior a oito anos de prisão, de acordo com o Código do Processo Penal. Estes cidadãos vão ter como competência julgar, segundo a sua consciência, sobre a eventual culpa do arguido. Na acusação do Ministério Público, o arguido Francisco Leitão é acusado de quatro crimes de homicídio (três deles qualificados), outros quatro de ocultação de cadáver, um de falsificação de documentos e outro de detenção de arma proibida. O alegado homicida mantém-se em prisão preventiva a aguardar julgamento. Os crimes referem-se a duas raparigas, de 16 e 27 anos, e a um rapaz, de 22 anos, que estão desaparecidos, respectivamente, desde Março de 2010 e Junho de 2008, que levaram a Polícia Judiciária a suspeitar há um ano de um triplo homicídio. A quarta morte é a de um idoso, conhecido por “Pisa Lagartos”, dado como morto em 1995 após o arquivamento de um inquérito por alegado homicídio, no qual Francisco Leitão chegou a ser ouvido. O sucateiro da Carqueja, como também é conhecido, foi detido pela Polícia Judiciária a 20 de Julho de 2010, após uma investigação que durava há mais de um ano e intensificada em Março de 2010, após o desaparecimento de Joana Correia, a última vítima. As duas raparigas foram mortas alegadamente por questões passionais, porque eram namoradas de jovens com quem o alegado homossexual queria ter um caso amoroso, um dos quais Ivo Delgado, outra das vítimas, alegadamente morto depois do “Rei Ghob” perceber que mesmo após a morte da namorada, Tânia Ramos, não pretendia ter qualquer envolvimento amoroso com ele. O arguido publicava vídeos na Internet em que anunciava o fim do mundo e se auto-intitulava “Rei Ghob”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte homicídio tribunal prisão homossexual morto desaparecimento