“O Artista” e os “Os Descendentes” são os grandes vencedores dos Globos de Ouro
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.15
DATA: 2012-01-16
SUMÁRIO: O filme “O Artista”, que faz os espectadores regressar ao tempo dos filmes mudos, e o drama familiar “Os Descendentes” foram os filmes mais distinguidos ontem à noite na cerimónia dos Globos de Ouro, apresentada pelo humorista britânico Ricky Gervais, que chegou ao palco com uma bebida na mão.
TEXTO: “O Artista”, de Michel Hazanavicius, a história romântica de um actor que encontra o amor numa altura em que a indústria cinematográfica fez a transição dos filmes mudos para os sonoros, estava nomeado em seis categorias, e conquistou três prémios, incluindo o de Melhor Filme de Comédia ou Musical e Melhor Actor num Filme de Comédia ou Musical (para o actor francês Jean Dujardin). Rodado a preto e branco e como um filme mudo, recriando o cinema da era de ouro de Hollywood, o filme francês, que chega aos cinemas de Portugal em Fevereiro, arrecadou ainda o galardão de melhor banda sonora. O filme “Os Descendentes”, de Alexander Payne, e o seu protagonista, George Clooney, que representa um pai que tenta reatar a ligação com as duas filhas, depois de a mulher ficar em coma na sequência de um acidente de barco, venceram, respectivamente, as estatuetas de Melhor Filme Dramático e Melhor Actor Dramático. O filme estreia-se em Portugal no dia 19 de Janeiro. Num feito, quase inédito, os Globos de Ouro, entregues pelos membros da imprensa estrangeira a residir nos Estados Unidos – e que servem de antevisão aos Óscares, agendados para 26 de Fevereiro, não centraram os prémios em apenas um filme, premiando, além de “O Artista” e “Os Descendentes”, outras nove películas, incluindo “As Serviçais”, “A Invenção de Hugo” e “Meia-Noite em Paris”. O galardão de melhor realizador, um dos mais cobiçados da noite, foi entregue a Martin Scorsese, pelo seu filme de aventura e fantasia, “A Invenção de Hugo”. A história de um rapaz que vive sozinho numa estação de comboios de Paris e a de um enigmático proprietário de uma loja de brinquedos marca a estreia deste realizador nos filmes 3D. No campo feminino, Meryl Streep levou para casa o Globo de Ouro de Melhor Actriz num Filme Dramático pelo seu desempenho em “The Iron Lady” (A Dama de Ferro), no qual interpreta o papel da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher. Ao receber o galardão, a actriz norte-americana mostrou-se satisfeita e fez um agradecimento especial aos ingleses. Por seu lado, Michelle Williams conquistou o troféu de Melhor Actriz num Filme de Comédia ou Musical pelo seu desempenho em “A Minha Semana com Marilyn”, interpretando o papel de Marilyn Monroe. Na hora do agradecimento, a actriz não esqueceu a diva a quem deu vida no cinema, agradecendo aos Globos de Ouro terem posto nas suas mãos “o mesmo prémio que deram a Marilyn há mais de 50 anos”. Os galardões de melhores actores secundários foram entregues a Christopher Plummer, de 81 anos, que representa em “Assim é o Amor” um homem que assume a homossexualidade depois de a sua mulher morrer, e a Octavia Spencer, pelo seu papel no filme “As Serviçais”. “As Aventuras de Tintin”, de Steven Spielberg, venceu o Globo de Ouro de Melhor Filme de Animação, e “Uma Separação”, filme iraniano de Asghar Farhadi, que tem estado em destaque entre a crítica norte-americana, arrecadou o prémio de melhor filme estrangeiro. O último trabalho de Woody Allen, “Meia-noite em Paris”, filme que foi o mais visto do realizador nos Estados Unidos e na Europa, venceu o galardão de melhor argumento. Madonna também subiu ao palco dos Globos de Ouro para receber o prémio de melhor canção original, com o tema “Masterpiece”, criada especialmente para o romance histórico “W. E. ”, filme escrito e realizado pela própria. O actor Morgan Freeman foi agraciado com o prémio Cecil B. DeMille, pela sua carreira e contributo para o cinema. Na área de televisão, os vencedores da noite foram as séries Homeland e Uma Família Muito Moderna.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave campo mulher homem